Partido Comunista Português
Propostas de reforma do sector vitivinícola da UE
Quarta, 04 Julho 2007
 Na Conferência de Imprensa promovida pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), Ilda Figueiredo reiterou a posição assumida na intervenção que realizou na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu sobre as propostas apresentadas hoje pela Comissão Europeia para a reforma da organização comum do mercado vitivinícola.

 

Propostas de reforma do sector vitivinícola da UE - Intervenção de Ilda Figueiredo no PE

As propostas de reforma do sector vitivinícola que a Senhora Comissária acaba de apresentar suscitam-nos muitas preocupações, tendo em conta a importância da cultura da vinha e as tradições das práticas enológicas que fazem dos vinhos da Europa os melhores do mundo, como refere no seu texto de divulgação, sendo certo que Portugal oferece uma enorme variedade de vinhos de grande qualidade que é preciso salvaguardar.

Por isso, apesar de alguns recuos relativamente às suas posições do ano passado, mantém linhas de intervenção e propostas muito negativas, designadamente: pôr fim aos apoios a qualquer tipo de destilação, incluindo a destilação de álcool de boca; introduzir a vinha no sistema de pagamento único; apoiar o arranque voluntário de 200 mil ha de vinha; pôr fim aos direitos de plantação a partir de 2013.

Assim, além das propostas alternativas que vamos fazer durante o debate parlamentar que se segue, desde já alertamos para as consequências de tais propostas, seja quanto à ameaça que paira sobre os pequenos e médios vitivinicultores portugueses, seja para as Adegas Cooperativas e seus associados, seja para a defesa da qualidade e diversidade de castas e das denominações de origem e geográficas que temos, seja para o próprio vinho do Porto. É também preocupante que se fale de um envelope financeiro a transferir para os diferentes Países, mas não se conheçam os critérios da sua formação e da sua utilização.

Vamos, pois, intervir com propostas, ouvindo os vitivinicultores portugueses e as suas organizações, insistindo nas alterações que é preciso fazer a esta reforma do sector vitivinícola da União Europeia, para defender a cultura da vinha  e os nossos vitivinicultores.