Em nota da Coordenadora Nacional para a Administração Pública, o PCP
manifesta mais uma vez o seu firme desacordo com o conteúdo do decreto lei dos
vínculos, carreiras e remunerações dos trabalhadores da Administração Pública,
promulgado pelo Presidente da República, o que só pode ser
entendido «à luz da cooperação estratégica que este mantém com o governo,
elemento que se assume cada vez mais decisivo na brutal ofensiva que tem sido
dirigida contra os trabalhadores e o regime democrático» e reafirma que será
sempre solidário com os trabalhadores e manifesta desde já o seu apoio às acções
e lutas decididas.
Sobre a promulgação da Lei dos
vínculos, carreiras e remunerações dos trabalhadores da Administração Pública
Nota da Coordenadora Nacional da
Administração Pública do PCP
1. A Coordenadora Nacional do PCP
para a Administração Pública, manifesta mais uma vez o seu firme desacordo com
o conteúdo do referido decreto, tendo em conta que ele enferma de um mal congénito de
inconstitucionalidade que, atingindo a natureza do vinculo público de emprego,
atinge também funções sociais do Estado constitucionalmente consagradas como
aliás foi sublinhado por prestigiados juristas e constitucionalistas
2. A justa luta travada pelos
trabalhadores da Administração Pública, contra todo o processo de
desorganização da Administração do Estado, a destruição das suas funções
sociais e em defesa da natureza do
vinculo público de emprego, confirma o seu carácter patriótico na defesa da independência do Estado em
relação a interesses privados, em defesa do próprio regime democrático.
3. A promulgação por parte do Presidente da República do referido decreto,
apesar das dúvidas suscitadas quanto aos impactos negativos e à natureza pouco
clara e transparente de algumas das soluções nele contidas, só pode ser
entendida à luz da cooperação estratégica que este mantém com o governo,
elemento que se assume cada vez mais decisivo na brutal ofensiva que tem sido
dirigida contra os trabalhadores e o regime democrático
4. A coordenadora da Administração
Pública do PCP, sempre solidária com os trabalhadores, manifesta desde já o seu
apoio às acções e lutas decididas como O Encontro Nacional de dirigentes e
delegados sindicais do pessoal não docente dos ensinos básico e secundário no
dia 7 de Março, a Marcha da indignação promovida pelos sindicatos de
professores no dia 8 de Março, a concentração dos trabalhadores da Administração
Local promovida pelo STAL no dia 12 de Março e a greve nacional dos
trabalhadores da Função Pública no dia 14,
convocada pela Federação dos Sindicatos da Função Pública, seguida de
manifestação em Lisboa dos trabalhadores da administração central designadamente,
função pública, estabelecimentos fabris das forças armadas e enfermeiros.
5. Num momento em que o governo se
prepara para atacar a liberdade sindical na Administração Pública, a
coordenadora nacional do PCP apela a todos os trabalhadores do sector para que
participem na Marcha Liberdade e Democracia convocada pelo PCP para dia 1 de
Março com concentração no Principie Real em Lisboa e desfile para o Rossio.
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