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Princípios comuns de flexigurança - Declaração escrita de Ilda Figueiredo no PE |
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Quarta, 28 Novembro 2007 |
Lamentamos que o relatório não exprima com suficiente clareza uma
oposição à estratégia da flexigurança defendida pela Comissão Europeia.
Limita-se a propor alguns cuidados paliativos aos princípios que são
enunciados na comunicação da Comissão Europeia.
Por isso, não só votámos contra o referido relatório na Comissão do
Emprego e Assuntos Sociais, como insistimos na apresentação de
propostas que rejeitam a abordagem da flexigurança adoptada na referida
comunicação, porque visa a desregulamentação dos mercados de trabalho e
da legislação laboral, apostando, na prática, na destruição dos actuais
vínculos contratuais, na liberalização de despedimentos sem justa
causa, no aumento da insegurança da generalidade dos trabalhadores.
Não há cuidados paliativos que resistam à constante fragilização da
contratação colectiva, à desvalorização das organizações sindicais, à
transformação em precário do vínculo permanente, com o pretexto da
globalização capitalista.
Na grandiosa manifestação de 18 de Outubro, em Lisboa, promovida pela
CGTP, os trabalhadores portugueses disseram não a tais propostas. O que
pretendem é mais emprego com direitos, o que pressupõe uma aposta na
produção, mais investimento em serviços públicos de qualidade e o
respeito pela dignidade de quem trabalha.
Por isso, insistimos nas propostas que apresentámos. Se as continuarem
a rejeitar, votaremos contra este relatório, dado rejeitarmos a
flexigurança.
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