Partido Comunista Português
Direitos de trabalhadores da EDP - Pergunta escrita de Ilda Figueiredo no PE
Quarta, 12 Setembro 2007

Tive conhecimento que dezenas de trabalhadores da EDP, denominados pela empresa como agentes de leitura, receberam a comunicação por parte da empresa que não pretende mais manter contratos individuais de trabalho. Por conseguinte, se pretendessem continuar a trabalhar naquela empresa teriam que, eles próprios, constituir "empresas", até início de Novembro de 2007, para prestar serviços à EDP.

Em Évora, há três anos atrás, a IGT multou a EDP por esta estar a prevaricar relativamente aos direitos dos "agentes" de leitura. A EDP não só não pagou a multa, como recorreu para os tribunais, perdendo em todas as instâncias, incluindo no Tribunal Constitucional.

Sabe-se que a EDP tem como principal objectivo livrar-se do vínculo precário que tem com estes trabalhadores chamados leitores, obrigando-os a criar empresas, lançando-os ainda para uma armadilha fatal, pois a EDP já está a instalar em força contadores de leitura óptica (telecontagem), colocando em breve este sistema em acção, podendo dispensar os leitores, ou as empresas, em qualquer momento.

Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:

1. Considera que esta atitude da EDP para com os trabalhadores, que mantém numa situação de vínculo precário há muitos anos, se enquadra nas orientações da União Europeia sobre legislação laboral? Será esta a tão apregoada "flexigurança"?

2. Que medidas podem ser tomadas para defender os direitos dos trabalhadores a que a EDP chama agentes de leitura?

Resposta