|
|
A Região Ultraperiférica dos Açores, cabo de fibra óptica para as Ilhas das Flores e do Corvo - Resposta a Pergunta escrita de Pedro Guerreiro no PE |
|
Quarta, 06 Dezembro 2006 |
Na sua comunicação “Pôr fim aos desníveis em matéria de banda larga”(1),
a Comissão faz notar o seu empenho em atingir o objectivo “banda larga
para todos os europeus” e recomenda a utilização de instrumentos
políticos, orçamentais e regulamentares para esse efeito, nomeadamente
as políticas comunitárias para a sociedade da informação e o espectro
de radiofrequências e a utilização dos fundos comunitários estruturais
e de desenvolvimento rural no pleno respeito das regras aplicáveis aos
auxílios estatais. A comunicação propõe o reforço das estratégias
nacionais para a banda larga e o intercâmbio das melhores práticas em
decisões políticas, regulamentares e de concorrência, bem como de casos
exemplares.
Os dados da avaliação comparativa realizada na UE mostram que em Junho
de 2006 a penetração da banda larga em Portugal atingia 13% da
população, enquanto a média na UE era de 15%. A acção da autoridade
reguladora portuguesa (ANACOM) no sentido de incentivar o operador
histórico a abrir o lacete local e a reduzir os preços grossistas está
a contribuir para a oferta de serviços em banda larga a preços que
serão dos mais baixos na Europa. A disponibilidade de banda larga
(linha de assinante digital (DSL - Digital Subscriber Line) e cabo) nas
zonas urbanas quase atinge 100%. Nas zonas remotas e rurais, este valor
desce para 79% no caso da DSL e 75% no do cabo. Esta clivagem
territorial na cobertura da banda larga constitui um problema que deve
ser solucionado.
Os fundos estruturais comunitários estão a ajudar a resolver o problema
da clivagem digital em Portugal através do co-financiamento, no período
de programação 2000-2006, do programa operacional “Sociedade do
Conhecimento”, que inclui acções destinadas a reforçar a
infra-estrutura de banda larga nas zonas em que o mercado não investe.
O arquipélago dos Açores constitui uma região prioritária no quadro
destas acções. Por outro lado, o programa operacional para a Região dos
Açores (PRODESA) inclui acções de apoio a investimentos nas
infra-estruturas de banda larga através de projectos como o “Corvo
Digital”, que se destina a fornecer acesso sem fios à Internet em
locais públicos.
Um estudo da Comissão recentemente publicado(2)
sobre a disponibilidade de comunicações electrónicas nas regiões
ultraperiféricas da UE mostra que o mercado da banda larga nestas
regiões se caracteriza por uma concorrência reduzida, escolha limitada
de fornecedores, nível de acesso inferior, qualidade de serviço
inferior e custos mais elevados, o que se verifica na Região dos
Açores, onde quase 90% do mercado da banda larga está nas mãos do
operador histórico.
As prioridades para o próximo período de programação (2007-2013) no que
respeita aos Açores serão estabelecidas nos programas operacionais que
estão a ser elaborados pelas autoridades portuguesas e serão objecto de
negociação com a Comissão nos próximos meses.
(1) Ver também: http://europa.eu.int/information_society/eeurope/i2010/digital_divide/index_en.htm
(2) Disponível em: http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/studies/pdf/rup_broad/rup_broadband_pt.pdf
|