Partido Comunista Portugu�s
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IP8
Intervenção de José Soeiro (sessão de perguntas ao Governo)
Sexta, 03 Fevereiro 2006

Sr. Presidente,

Estou entusiasmadíssimo com estes discursos, na medida em que são profundamente autocríticos em relação ao IP8. Isto é de registar, porque nem sempre temos a possibilidade de ouvir falar de uma obra que já «tem umas «barbas maiores que as do Pai Natal», e que continua a ser para o futuro!

E para o futuro por uma razão: em primeiro lugar, porque ainda estamos na fase inicial dos estudos e só depois passaremos aos estudos de impacte ambiental, que não sabemos se passarão ou não.

A ligação de S. Brissos a Baleizão, que é crucial, sabemos ser de quatro faixas. Mas, já agora, não vá o Sr. Secretário de Estado não ter ouvido as perguntas que já foram feitas, insistiria também em querer saber: qual é o modelo de financiamento?

O que está na mesa é lançar projectos de execução. Mas quando é que temos a obra? Quando é que acaba a obra? Com que dinheiro vai ser feita a obra?

O modelo é SCUT? O modelo é o de empréstimos bancários por parte da Estradas de Portugal? Isto não está definido!

Desde a discussão do Orçamento do Estado que insistimos, insistimos, insistimos… O tempo passa, como já aqui foi dito passou um ano e não temos ainda mais do que isto: estudos em execução e perspectivas de lançamento de alguns troços. E não sabemos de onde é que vem o dinheiro.

Perguntava se para esta região, que é deprimida, vamos ter uma outra solução, um novo modelo de SCUT. Se calhar, vamos!

Se assim for, precisávamos de saber que modelo é esse.

Já conhecemos as «barracas» que deram os anteriores governos, por isso gostaria de ter respostas concretas e objectivas. Espero que o sentido de autocrítica do Sr. Secretário de Estado em relação aos governos anteriores… O Sr. Secretário de Estado, às vezes, quase que nos quer ultrapassar nas críticas aos governos anteriores. Mas elas envolvem o CDS-PP, o PSD e também o Partido Socialista. Envolve-os todos!

Acho bem que haja esse espírito, mas espero que essa crítica contundente se transforme em obra concreta deste Governo e que possamos daqui a uns tempos dizer: afinal de contas, finalmente, temos IP8!