No momento em que decorre o processo de ratificação do Tratado de
Lisboa, mais uma vez, o Parlamento Europeu exorbita das suas
competências, procurando influenciar as opiniões públicas com um
relatório em que afirma aprovar o referido Tratado, denunciou Ilda
Figueiredo.
No momento em que decorre o processo de ratificação do Tratado de
Lisboa, mais uma vez, o Parlamento Europeu exorbita das suas
competências, procurando influenciar as opiniões públicas com um
relatório em que afirma aprovar o referido Tratado, pressionando todos
os Estados-Membros da União à sua ratificação a tempo da respectiva
entrada em vigor, em 1 de Janeiro de 2009. É um autêntico embuste
político, dado que não é sua competência aprovar Tratados Europeus. Tal
competência é dos Estados-Membros: numa primeira fase, pela Conferência
Intergovernamental; depois, a ratificação por cada Estado-Membro, nos
termos que a legislação fundamental do seu país determinar.
Como, neste momento, querem fugir aos referendos para evitar a
repetição da recusa do Tratado, como aconteceu na França e na Holanda
em 2005, em princípio, apenas haverá referendo na Irlanda.
Esta fuga ao referendo, utilizando os mais variados pretextos, revela o
receio das consequências do voto dos cidadãos, em Portugal e nos outros
países da União Europeia. Sabem que o conteúdo do Tratado de Lisboa é a
cópia da dita constituição europeia, a que mudaram o nome, apenas para
tentar ludibriar os cidadãos perante aquilo que é uma autêntica fraude
política. Por isso, estamos contra este relatório.
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