Inicio
Intervenções e Artigos
Posições Políticas sobre IVG
PCP na AR sobre IVG
Tempos de Antena do PCP
Fotos da Campanha
Apelo do Comité Central do PCP
Questões Legais sobre Referendo
 Folheto IVG -2ª Fase
Folheto em PDF
Depoimentos em video



Início arrow Posições Políticas sobre IVG
Conferência de Imprensa do PCP com Vasco Cardoso, da Comissão Política do CC do PCP
Sobre as comemorações do 1º de Maio, os incidentes verificados em Lisboa e a situação política actual
Segunda, 04 Maio 2009
vasco-cardoso.jpgVasco Cardoso, da Comissão Política, afirmou que o PCP, ao mesmo tempo que reafirma a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa,   manifesta a sua perplexidade e rejeita as insistentes acusações, insultos, provocações e calúnias que lhe têm sido dirigidas desde a primeira hora pela direcção do PS.
I

As comemorações do 1º de Maio realizadas em todo o país pela CGTP-IN, pela sua dimensão e participação, confirmaram o amplo e profundo descontentamento dos trabalhadores com a política do Governo PS, a necessidade de mudança de rumo na actual situação nacional e uma inabalável determinação e confiança dos trabalhadores e do Povo português em prosseguir a luta por uma vida melhor.

Num momento em que o país vive uma grave crise – da responsabilidade de mais de 33 anos de políticas de direita de PS, PSD e CDS-PP - , a presença combativa e serena de milhares de trabalhadores nas ruas, constitui uma afirmação de que não prescindem de exigir o aumento dos salários, a defesa do emprego com direitos, o combate à precariedade, a revogação dos aspectos mais gravosos da actual legislação laboral, o acesso à saúde, à educação e à segurança social pública e universal.

Para o PCP o país não está condenado ao desemprego, à precariedade, aos baixos salários, às injustiças sociais, ou à corrupção. A situação a que o país chegou - mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático – só pode ser alterada com a ruptura com a política de direita que o PCP e a CDU propõem ao país.

II


O PCP ao mesmo tempo que reafirma a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa – num acto isolado de alguns manifestantes e que só responsabiliza os próprios – manifesta a sua perplexidade e rejeita as insistentes acusações, insultos, provocações e calúnias dirigidas desde a primeira hora pela direcção do PS contra o PCP.

A clara instrumentalização destes incidentes por parte do PS – posição que seguramente não é acompanhada por muitos socialistas - numa operação com objectivos claramente eleitoralistas, visa não apenas a sua vitimização, mas sobretudo a tentativa de esconder a dimensão do protesto e da luta neste 1º Maio, atacar o PCP e o movimento sindical unitário, de fugir ao debate e às responsabilidades do Governo PS na actual situação do país.

Com a instrumentalização destes incidentes, o Governo PS, como as declarações de José Sócrates revelam, procura fazer um ajuste de contas com a força política que de forma clara e determinada tem combatido a sua política. Um ajuste de contas com aqueles que ao lado dos trabalhadores e do Povo, têm sido a verdadeira oposição ao Governo nas palavras e nos actos. Na prática o reconhecimento do papel insubstituível do PCP que perante as injustiças sociais, perante a arrogância da maioria absoluta do PS, esclareceu, animou, mobilizou e deu confiança aos trabalhadores e ao Povo português e impediu que a ofensiva contra os seus direitos tivesse ido mais longe.

Como bem sabe o PS, o PCP não pede desculpas por situações sobre as quais não tem qualquer responsabilidade.

Reafirmamos que desculpas deve-as o PS ao PCP pelas afirmações insultuosas que lhe dirigiu. Desculpas, deve-as o PS sobretudo aos trabalhadores e ao Povo português, àqueles que ficaram sem emprego, aos que vivem com baixos salários, aos que o dinheiro não chega para pagar as despesas, aos jovens empurrados para a precariedade e insegurança, às populações a quem encerraram serviços públicos, aos pequenos empresários arruinados nos últimos anos, a todos os que sofrem com a política injusta deste Governo.

Quando muitos insistem na maioria absoluta, ou admitem a possibilidade de um entendimento entre PS e PSD, para garantir no essencial a continuidade da política de direita, compreende-se melhor a dimensão do ataque que está a ser dirigido contra o Partido Comunista Português, a força sem a qual não é possível construir uma política alternativa que rompa com mais de 33 anos de política de direita e dê resposta aos problemas dos trabalhadores e do Povo, construindo um Portugal com futuro.

III

O PCP reafirma que não se deixará condicionar ou intimidar na sua intervenção e luta, nas milhares de acções de campanha que tem previstas, no contacto que realizará com os trabalhadores, com a juventude, com os agricultores, com os pequenos empresários, com todos aqueles que justamente aspiram a uma vida melhor.  

A realização no próximo dia 23 de Maio em Lisboa, da Marcha - Protesto  Confiança e Luta. Nova Política – Uma vida Melhor, promovida no âmbito da CDU, constituirá a mais cabal resposta àqueles que procuram condicionar a exigência de uma ruptura com a política de direita, uma comprovada afirmação de que é ao lado do PCP e da CDU que estão muitos dos que ao longo dos últimos anos têm combatido o Governo PS, e uma renovada afirmação de confiança na mudança de políticas que os trabalhadores e o Povo português reclamam. 


 

Jornal «Avante!»
«O Militante»
Edições «Avante!»
Comunic, a rádio do PCP na Internet