Jacinta - Tributo a José Afonso
Quarta, 25 Julho 2007

jacinta «A sua abordagem da música é absolutamente adulta e madura. Jacinta é uma cantora assertiva, sólida, com expressividade e sentido musical excelentes.»Miguel Gaspar, All Jazz.

Aclamada na crítica portuguesa pela sua "voz quente, redonda, possante" (Miguel Soares, Comércio do Porto), Jacinta recebeu o prémio "Músico Revelação 2001" do programa Cinco Minutos de Jazz (Antena 1, desde 1966) e foi referida como ‘A cantora de jazz portuguesa', por José Duarte.

"Segura, conhecedora" (Emanuel Carneiro, Jornal de Notícias), Jacinta transmite emoção e garra no timbre da sua voz, complementando-a com um swing sólido e natural.

Jacinta deu os seus primeiros passos artísticos através do estudo da música clássica em piano e composição, percurso pouco comum numa cantora de jazz. Integrou vários grupos como cantora e instrumentista, chegando a liderar um grupo de rock sinfónico. No entanto, é no mundo do jazz que a sua energia musical encontra plena expressão.

Aos 22 anos após uma excelente actuação de jazz vocal no programa Chuva de Estrelas a sua carreira como cantora foi impulsionada, tendo sido solicitada para inúmeros concertos a partir de então.

Em 1997Jacinta mudou-se para Nova Iorque para frequentar a Manhattan School of Music, onde foi premiada com bolsa de estudos para realização de Mestrado em Jazz Vocal. Ainda em Nova Iorque, Jacinta participou em workshops por grandes nomes do jazz contemporâneo, como Maria Schneider, Ed Neumeister, Mark Murphy, Dave Holland e Annie Ross. Prosseguiu estudos de improvisação com Chris Rosenberg da banda de Ornette Coleman, e de interpretação estilística com Peter Eldridge dos New York Voices. Jacinta começou a cantar profissionalmente em Nova Iorque, deslumbrando o público com o seu estilo enérgico.

Mais tarde, durante os quatro anos em que residiu na área de São Francisco, Califórnia, Jacinta actuou profissionalmente em vários projectos musicais apresentando-se também em grandes clubes de jazz de renome mundial como Kimball's East e Yoshi's.

Em 2001, a convite do trompetista/produtor Laurent Filipe, Jacinta apresenta-se ao vivo com o projecto Tributo a Bessie Smith.

Após a sua aparição em público, Jacinta foi considerada pela crítica portuguesa como "uma das grandes vocalistas do momento" (Rodrigo Affreixo, Blitz), tendo "uma presença em palco cheia de confiança e à vontade" (António Rúbio, Correio da Manhã), e como possuidora de uma "voz forte e soberana" (António Ferro, O Primeiro de Janeiro).

Jacinta tem um forte sentido rítmico e as suas improvisações de jazz são dignas "de uma cantora cheia de maturidade, de um nível que nunca apareceu neste país" (António Rubio, Correio da Manhã).

O sucesso deste projecto culminou com a sua edição discográfica na prestigiada Blue Note, em Fevereiro de 2003.

Este disco, Tribute to Bessie Smith, atingiu os tops de vendas nacionais e foi galardoado com disco de Ouro pelas suas vendas superiores a 25.000 exemplares, feito nunca antes conseguido na história do jazz portuguesa.

Depois deste grande êxito no panorama musical português, Jacinta procurou novos caminhos e novas abordagens, dedicando-se a vários projectos satélite como são exemplo Jacinta canta Monk e Jacinta canta Brasil.

No seu estudo da música de Thelonious Monk, a cantora escolhe caminhos arrojados preferindo uma abordagem mais instrumental dando ênfase não só ao swing, mas também às melodias angulares e harmonias menos óbvias.

O projecto Jacinta canta Monk foi estreado em quinteto de jazz e mais tarde ampliado para quarteto de jazz com orquestra clássica.

Entre as várias orquestras com quem a cantora trabalhou destaca-se a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Neste projecto destacam-se ainda os maestros Graça Moura, Vasco Pierce de Azevedo, Rui Massena, e os arranjos de Paulo Perfeito.

O projecto Jacinta canta Brasil surge como necessidade da cantora em explorar sonoridades e balanços distintos do Jazz Americano. Aqui, a cantora revisita e aprofunda um estilo já experimentado com as suas bandas Americanas.

O reportório deste projecto é, sobretudo, marcado por temas de Tom Jobim e Djavan, em formato de quinteto jazz.

Com este programa específico, Jacinta apresentou-se sete noites no Jardim de Inverno do Teatro São Luís, tendo a lotação esgotada todas as noites.

Aqui, o sentido rítmico da cantora volta a destacar-se, denotando-se uma entrega e um conhecimento intrínseco musical que proporciona ao ouvinte uma sensação de leveza e de grande naturalidade.

Em Março de 2006, a Blue Note - Emi Portugal lança Day Dream, o novo trabalho discográfico de Jacinta.

Este disco surge de uma nova etapa musical onde a cantora redescobre Duke Ellington e alarga o seu espectro musical ao incluir temas de projectos bem distintos.

O desafio maior veio da parte de Greg Osby, saxofonista, arranjador e produtor do projecto, ao propor a inclusão de compositores tão diversificados como Djavan, Cole Porter, Tom Jobim, Duke Ellington, Zeca Afonso, Martin e Monk.

Este disco poderá ser um marco pela forma como os instrumentistas tocam e se expandem criativamente, em permanente diálogo entre si e com a cantora que por sua vez interage com a banda, abordando as melodias com a fluidez de um instrumento de sopro. Esta abordagem resulta numa música fresca, moderna, marcada com um swing forte do Jazz Mainstream, mas de corrente contemporânea.

Num esforço de maior aproximação deste estilo musical ao público Português, Osby sugeriu a inclusão de adaptações de alguns dos temas para língua Portuguesa.

Na Tournée de Day Dream, de 20 concertos a nível nacional, Jacinta foi recebida entusiasticamente por um público eufórico e apreciador que lotou um grande número de salas do país.

Em 2007Jacinta dedica-se a novos projectos dos quais se destaca o espectáculo de homenagem José Afonso que será precisamente o que irá apresentar na Festa do Avante!

A Cantora, considerada a melhor jovem artista de jazz do continente europeu em 2007, no âmbito da iniciativa “O Melhor da Europa”, vai lançar a partir de Setembro um disco de homenagem ao cantor e compositor Zeca Afonso.


Considerado pela Cantora como grande génio da música portuguesa, Zeca Afonso sempre fez parte do seu repertório: Desde o Teatro Aveirense onde Jacinta fez abertura solene “ a capella”, passando pelo concerto no CCB “Tributo a Bessie Smith” que abriu com Zeca Afonso, até à Canção de Embalar que incluiu no seu último disco Day Dream.


A reacção que o público sempre teve às suas interpretações das músicas de Zeca Afonso inspirou Jacinta para a criação de “Convexo”, esperando com este trabalho poder cativar mais pessoas para a sua música e aumentar o número de apreciadores deste género musical.
A criatividade de execução e interpretação, em formato de duo ou trio (com Rui Caetano ao piano e Bruno Pedroso na bateria) e a voz única de Jacinta, fazem desta sua primeira produção executiva um projecto singular.


O lançamento deste disco, que decorrerá a 17 de Setembro, foi produzido pela nova estrutura de agenciamento e management, constituída pela própria Jacinta.
A convite da organização da Festa do Avante, Jacinta actuará na 31ª edição deste evento, no palco 1º de Maio, no dia 9 de Setembro, a partir das 19H30. A cantora marcará ainda presença na feira do livro e do disco que se realiza no recinto da festa, para apresentar o seu novo trabalho (a 7 de Setembro) e para uma sessão de autógrafos (a 8 de Setembro).
 

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