Partido Comunista Português
Trabalhadores da OPEL-Azambuja no Parlamento Europeu - Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP no PE
Terça, 04 Julho 2006

Realizou-se hoje, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, por iniciativa dos deputados do PCP e do Grupo GUE/NGL, uma reunião pública com representantes dos trabalhadores da fábrica OPEL na Azambuja. A reunião contou também com a participação de representantes dos trabalhadores de uma fábrica da GM na Suécia e da empresa italiana EATON e com a presença de vários deputados de diferentes grupos políticos.

No decorrer da reunião os representantes dos trabalhadores portugueses caracterizaram detalhadamente a situação da empresa em Portugal e a estratégia da multinacional para encerrar a fábrica da Azambuja, "deslocalizando" a produção, primeiro para Saragoza, e, a médio prazo, para outros países fora da UE.

Os trabalhadores sublinharam a importância da empresa não só para o emprego de cerca de 1.700 trabalhadores na fábrica mas, também, para milhares de outros de pequenas e médias empresas industriais e comerciais que seriam afectados se esta deslocalização se concretizasse.

Para além da solidariedade transmitida aos trabalhadores em luta, foi ainda referida a necessidade de serem tomadas medidas que realmente protejam os trabalhadores e as suas famílias, garantam o desenvolvimento regional e promovam a coesão económica e social, sublinhando que há alternativas e que, se houver vontade política, é possível assegurar a continuação da laboração normal da OPEL na Azambuja.

Ao início da tarde os representantes dos trabalhadores assistiram ao debate que decorreu na sessão plenária sobre a reestruturação de empresas com especial destaque para o sector automóvel e para a situação da OPEL da Azambuja. Situação referida na intervenção da deputada comunista Ilda Figueiredo e a que o comissário Verheugen se referiu destacando a necessidade da GM cumprir os compromissos assumidos.

Pela nossa parte continuaremos a lutar para que haja coerência entre as palavras e as acções e prevaleça uma vontade política de efectiva defesa da produção e emprego com direitos.