Partido Comunista Portugu�s
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Intervenção do Deputado
Condenação de uma notícia publicada
Quinta, 23 Março 2000

Sr. Presidente, Uso da palavra para, em nome do meu grupo parlamentar, me associar à substância das palavras do Sr. Deputado Fernando Seara (PSD) e para, ainda, acrescentar algo. Pela nossa parte, não temos a mínima dúvida que deve pedir-se a maior responsabilidade aos Deputados, a todos no seu conjunto e a cada um em particular. Mas não menos responsabilidade tem de exigir-se aos órgãos de comunicação social e aos jornalistas.

Sr. Presidente,

É para uma nova e muito breve interpelação. Há pouco, quando o Sr. Presidente, na sua última intervenção, se referiu à questão da credenciação, com toda a sinceridade não fiz qualquer comentário e não tencionava fazê-lo, porque, às vezes, quando estamos a falar e a nossa serenidade se altera um pouco dizem-se algumas coisas que não é bem aquilo que se pensa. Mas depois da segunda intervenção do Sr. Presidente — e não quero «lançar achas na fogueira», se me permite a expressão — apenas lhe quero dizer que, pela nossa parte, nos distanciamos de qualquer ideia de aferir, por novos moldes, a problemática da credenciação dos jornalistas nesta Casa.

Sr. Presidente, depois da sua intervenção de há pouco, em que não quis dizer que quem tivesse opinião diferente...

O Sr. Presidente não quis dizer isso e eu aceito.

Sr. Presidente, depois de ouvir essas palavras, pensei até em retirar o meu pedido de interpelação, mas já agora, se me permite, referirei só mais uma nota. Sr. Presidente, em relação à questão que V. Ex.ª agora suscitou, e que já há pouco tinha colocado de ter sofrido um desagravo — de que, aliás, tenho conhecimento, porque o Sr. Presidente fez o favor de enviar aos grupos parlamentares cópia da carta que enviou ao referido jornal —, penso que — e já não é a primeira vez que sucede — isso é absolutamente inaceitável e que a Assembleia e o Sr. Presidente, não apenas em termos pessoais, mas em nome da Assembleia da República, têm o direito de exigir que aquele desagravo e que aquela resposta seja publicados nesse diário. Terá o apoio do Grupo Parlamentar do PCP no sentido de exigir que isso seja feito. Por outro lado, Sr. Presidente, quero também dizer-lhe que, pela minha parte e pela parte do meu grupo parlamentar, não tenho qualquer dúvida de que sempre que for necessário continuarei a ter a mesma atitude — até agora tenho-o feito, e continuarei a fazê-lo no futuro. Sempre que é preciso, sou o mais duro possível com os órgãos de comunicação social e com os jornalistas. Mesmo os jornalistas que trabalham nesta Casa e que há anos me conhecem sabem que é assim. Por conseguinte, sobre isso não haja a mínima dúvida. Não se trata de ter melhores ou piores relações com a comunicação social, trata-se, sim, de exigir aquilo que é correcto, que é exigível e, no caso concreto que V. Ex.ª há pouco referiu, pode ter, e tem, o apoio total e completo do Grupo Parlamentar do PCP.