Partido Comunista Português
CDU Madeira: Um importante e significativo resultado eleitoral
Segunda, 07 Maio 2007
cdu1.jpgApós a análise dos resultados eleitorais, a Comissão Política do PCP considera que «a votação obtida pela CDU nas eleições regionais da Madeira, ontem realizadas, constitui um importante e significativo resultado eleitoral. A CDU regista um crescimento do seu número de votos, obtém a sua maior votação de sempre na região (7659 votos) e afirma-se, ultrapassando o CDS/PP, como a terceira força política eleitoral na região da Madeira.»


A CDU nas Eleições Regionais da Madeira

Um importante e significativo resultado eleitoral

1. A votação obtida pela CDU nas eleições regionais da Madeira, ontem realizadas, constitui um importante e significativo resultado eleitoral. A CDU regista um crescimento do seu número de votos, obtém a sua maior votação de sempre na região (7659 votos) e afirma-se, ultrapassando o CDS/PP, como a terceira força política eleitoral na região da Madeira.

Num quadro de um avassalador avanço eleitoral do PSD, a CDU é a única força política que se revela capaz de lhe resistir e de crescer, consolidando a sua influência e votação, facto tão mais importante quanto essa consolidação corresponde a um expressivo e continuado processo de crescimento que, ao longo dos últimos actos eleitorais, se traduziu na passagem de quinta a terceira força política e na duplicação da sua massa eleitoral. 

A eleição de dois deputados pela CDU - num quadro em que se verifica uma redução em 21 do número de deputados na Assembleia Legislativa Regional - constitui assim um importante e positivo resultado eleitoral. Mesmo não se tendo concretizado a expectativa quanto à eleição de um terceiro deputado - expectativa que a corrente de apoio à campanha da CDU justificava -, o valioso resultado obtido é, em si, uma expressão inequívoca de um maior apoio e de uma maior confiança que um número crescente de madeirenses deposita na intervenção do PCP e da CDU.

2. O expressivo resultado eleitoral do PSD - que constitui um factor negativo quanto ao futuro da região e da sua evolução do ponto de vista económico e social - é inseparável das atitudes e decisões do governo do PS e do seu Primeiro-Ministro José Sócrates que favoreceram não apenas a manobra de antecipação das eleições como as condições de sucesso do PSD e de Alberto João Jardim.

A imposição pelo governo do PS de uma lei de finanças regionais que, ferindo a autonomia das regiões autónomas, visava criar, de modo arbitrário, dificuldades financeiras à região, não só contribuiu para iludir as pesadas responsabilidades do PSD pelo agravamento da situação sócio-económica da região como lhe concedeu uma larga margem para uma vitimização que soube explorar.

A votação obtida pelo PSD - construída no quadro de um conhecido e recorrente clima de pressões, condicionamentos e até intimidações políticas, económicas e sociais - traduz, mais do que uma genuína avaliação de mérito ou um testemunho de confiança do eleitorado da região nas suas políticas, uma significativa condenação dos posicionamentos e políticas do PS e a sua descredibilização enquanto alternativa credível, quer política quer eleitoral.

3. A significativa quebra eleitoral do PS - mais de 16 mil votos, 12 pontos percentuais e cerca de 45% da sua massa eleitoral - não pode deixar de ser lida, a par de uma confirmada descredibilização regional, sobretudo, como uma expressiva condenação das políticas de direita e da ofensiva contra direitos e conquistas sociais prosseguidas pelo governo de José Sócrates que atingem duramente a população da região e, em particular, vastos sectores de trabalhadores, nomeadamente os trabalhadores da Administração Pública.

4. Num quadro de perdas generalizadas de todos os partidos com representação parlamentar, apenas desmentida pela CDU, as eleições ficam ainda marcadas pela significativa redução do CDS/PP (menos 2100 votos e 2.7 pontos percentuais), por uma nova quebra do BE (menos 700 votos) e pela eleição de dois deputados a partir de duas candidaturas suportadas na cedência da sigla do MPT e PND para viabilização de projectos políticos pessoais.

5. A Comissão Política do PCP saúda as centenas de militantes e activistas do PCP e da CDU que intervieram nesta importante batalha política por uma Madeira melhor, mais solidária e mais justa e reafirma aos milhares de eleitores que confiaram na CDU que o seu apoio e o seu voto será integralmente respeitado e colocado ao serviço da luta em defesa dos seus próprios direitos, das suas aspirações a uma vida melhor e a um futuro de esperança. 

6. A Comissão Política do PCP reafirma à população e aos trabalhadores a determinação dos comunistas da região autónoma da Madeira e de todos quantos agem e lutam no quadro da CDU, de prosseguir a sua intervenção em defesa dos direitos dos trabalhadores - na qual a greve geral do próximo dia 30 de Maio assume particular importância -, dos interesses da população e do desenvolvimento da região.

Os resultados agora conquistados pela CDU constituem uma importante vitória da determinação, combatividade e confiança na possibilidade de construir um futuro com mais justiça social, mais democracia e mais direitos. E uma razão acrescida para a afirmação e identificação do PCP e da CDU como a força necessária para uma política diferente, e para a construção de uma verdadeira alternativa de esquerda às políticas que PS e PSD têm protagonizado.

  

A Comissão Política do Partido Comunista Português