Partido Comunista Português
Proposta de Resolução sobre os Processos de ratificação do Tratado que estabelece uma
Declaração de Voto de Ilda Figueiredo
Quinta, 14 Outubro 2004

Quando estão em debate questões tão importantes para o futuro dos povos e dos Estados, não é correcto que se tente impor a coordenação dos processos de ratificação, com um calendário e uma estratégia comum e, muito menos, estabelecer orientações para a divulgação do conteúdo, visando influenciar a opinião pública em função do objectivo que a maioria pretende: aprovar o projecto de Tratado Constitucional.

Pelo contrário, o que se impõe é o respeito dos processos nacionais de ratificação do projecto de Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa e o direito que as deferentes forças políticas têm de analisar as importantes e graves consequências políticas e constitucionais para os Estados-membros e os seus cidadãos.

É que cabe aos cidadãos dos Estados-Membros ou aos seus representantes nos Parlamentos Nacionais aceitar ou rejeitar este projecto de Tratado.

Assim, não é aceitável que se reforcem as verbas para uma campanha de propaganda sobre a dita Constituição Europeia visando a sua aprovação. O que se impõe é um debate pluralista, onde todas as forças políticas possam participar em igualdade de condições.