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As políticas da Comissão são
concebidas para promover a competitividade das empresas europeias,
prestando-lhes apoio, quando necessário, para enfrentarem melhor os desafios
das mutações e da crescente concorrência.
Não há regimes de apoio
específicos ao sector para a indústria de transformação da cortiça a nível
comunitário. Contudo, o recurso florestal da cortiça, a montante, pode
beneficiar de regimes de desenvolvimento rural. Salienta-se o Regulamento (CE)
n.º 1698/2005[1] relativo ao apoio ao desenvolvimento rural pelo Fundo
Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), que serve de apoio às
medidas relacionadas com a protecção, a gestão sustentável dos montados de
sobreiros e a inovação no sector. Os Estados-Membros podem incluir estas
medidas nos seus programas de desenvolvimento rural relativos a 2007-2013, de
acordo com as suas prioridades e necessidades específicas.
A Comissão está empenhada em
reduzir as disparidades salariais que persistem entre homens e mulheres. No
quadro do Roteiro para a igualdade entre homens e mulheres[2], adoptado em Março de 2006, a Comissão adoptou, em 18
de Julho de 2007, uma comunicação[3] que visa a análise das causas das disparidades e a
identificação de vias de acção a nível comunitário.
As disparidades salariais
entre géneros é um fenómeno complexo e multifacetado. A comunicação identifica
quatro domínios de acção:
- Analisar possíveis melhorias do quadro legislativo e da
respectiva aplicação;
- Explorar plenamente as disposições da estratégia europeia
de crescimento e emprego referente às disparidades salariais entre géneros;
- Promover a igualdade salarial junto dos empregadores, em
especial através da responsabilidade social;
- Apoiar o intercâmbio de boas práticas a nível comunitário.
No plano europeu, os
principais instrumentos para promover o acesso das pequenas e médias empresas
(PME) às fontes de financiamento são o Programa-quadro para a Inovação e a
Competitividade (PIC) e a iniciativa Recursos Europeus Comuns para as Micro e
as Médias Empresas (JEREMIE) que fazem parte dos Fundos estruturais. Ambos
ajudarão a melhorar o acesso e as condições de empréstimos às PME, por exemplo,
emprestando às PME de maior risco, empréstimos a mais longo prazo, menos
exigências através da oferta de garantias e contragarantias a bancos que cubram
parte das perdas potenciais em empréstimos às PME.
Os instrumentos financeiros
do Programa de Competitividade e Inovação (PCI 2007-2013)[4]; incluem instrumentos para investimentos de capital
de risco e garantias de empréstimo. Com um orçamento de mais de mil milhões de
euros, os instrumentos financeiros do PCI deverão ter um efeito de
alavanca de cerca de 30 mil milhões de euros de novo financiamento para as PME.
Estes instrumentos são implementados pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI)
através de intermediários financeiros nacionais (bancos e fundos de capital de
risco) nos Estados‑Membros da União Europeia.
No passado, ao abrigo do seu
antecessor, o Programa Plurianual para a Empresa e o Espírito Empresarial, mais
de 300.000 PME beneficiaram dos instrumentos financeiros. Em Portugal, por exemplo, o Fundo de
Contragarantia Mútuo (FCGM) representado pela SPGM Sociedade de Investimento,
S.A. beneficiou de contragarantias às sociedades de garantia mútua portuguesas
que têm como objectivo apoiar as PME de menor dimensão para o financiamento a
médio e a longo prazo.
A Carta Europeia das Pequenas
Empresas, criada a pedido do Conselho Europeu de Lisboa de 2000, apoia as
pequenas empresas, em particular através da melhoria do respectivo quadro
legislativo e administrativo. A Carta convida os Estados‑Membros e a Comissão a
tomarem medidas nas suas dez áreas fundamentais.
Ao longo dos sete anos da sua
existência, a Carta tornou-se um documento-chave das políticas a favor das PME.
Constitui agora a referência para 44 países, sendo igualmente utilizada para a
definição de políticas no plano regional. Para complementar o relatório sobre
políticas das PME, agora inteiramente integradas nos mecanismos de governança
da Estratégia de Lisboa, a Carta serve como moldura de referência para o
intercâmbio das boas práticas e dos ensinamentos recíprocos.
No total, os Estados‑Membros
apresentaram ao longo destes anos mais de 250 medidas que podem ajudar a
promover o ambiente de negócios para as PME. Estes casos podem ser consultados
num catálogo em linha[5].
No que se refere aos
problemas específicos das empresas portuguesas para garantir empréstimos, o
catálogo apresenta para a acção da Carta na linha 7b, «Financial matters»
(Questões financeiras), 26 boas práticas diferentes. Uma avaliação destas
medidas poderia ajudar o Governo português a moldar políticas que visam prover
às necessidades específicas das suas pequenas empresas.
Além disso, o catálogo mostra
80 casos em que os Estados‑Membros baseiam as suas próprias melhorias de
políticas em ideias e experiência de outros Estados‑Membros, designados
exemplos de «learning from each other» (ensinamentos recíprocos).
As acções específicas de
sector não fazem parte da Carta e, por conseguinte, não está disponível nenhuma
informação especificamente pertinente para a indústria da cortiça.
[1] Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do
Conselho, de 20 de Setembro de 2005, relativo ao apoio ao desenvolvimento rural
pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), JO L 277 de
21.10.2005.
[2] COM(2006) 92 final
[3] COM(2007) 424 final
[4] http://ec.europa.eu/enterprise/enterprise_policy/cip/index_en.htm
[5] http://ec.europa.eu/enterprise/enterprise_policy/charter/gp
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