Partido Comunista Portugu�s
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Apresenta??o p?blica
Declara??o de Carlos Carvalhas
Sexta, 09 Abril 1999
Permitam-me que em nome do meu Partido e da Coliga??o Democr?tica Unit?ria, sa?de todos os presentes e dirija uma palavra muito especial a todos os independentes que nos honraram aceitando fazer parte da lista que hoje apresentamos ao pa?s, bem assim como a todos aqueles e aquelas que j? nos fizeram chegar o seu apoio e disponibilidade para connosco intervirem na importante batalha que vamos travar.Permitam-me tamb?m que desde j? saliente a significativa presen?a de mulheres nesta lista da CDU ao parlamento Europeu, que conta como 1? nome a camarada Ilda Figueiredo, e que tem nos dez primeiros nomes 5 mulheres, que conta com cerca de 50% de mulheres entre efectivos e suplentes. De facto, dos 33 candidatos 16 s?o mulheres, com provas dadas, e com grande prest?gio nos diversos dom?nios da sua interven??o.Quando o PS avan?ou com a sua proposta de lei das quotas, para no essencial cobrir as suas inaceit?veis posi??es, nomeadamente na redu??o do hor?rio de trabalho semanal m?ximo para as 40 horas, na reposi??o da idade da reforma das mulheres de 65 para os 62 anos e na luta pela despenaliza??o da interrup??o volunt?ria da gravidez, o PCP n?o resumiu a sua posi??o a um simples n?o ? proposta do Governo. Reconhecemos que a quest?o era pol?mica e afirm?mos solenemente que sem esquecer os problemas e condicionantes de fundo, a nossa posi??o comportava convictamente a ideia de que caberia aos partidos darem sinais e testemunhos de que queriam promover avan?os na participa??o feminina na vida pol?tica que, por sua vez, favorecessem uma din?mica de mais largo f?lego.Que a nossa proposta era a da passagem do terreno da imposi??o autorit?ria por lei para o terreno da responsabiliza??o e empenho volunt?rio dos partidos.Que era a proposta da passagem do terreno da imposi??o administrativa para o terreno ? seguramente eficaz ? da press?o dos movimentos de opini?o e da san??o ou pr?mio em termos eleitorais.E que por isso o PCP se comprometia publicamente a assegurar um significativo refor?o da participa??o de mulheres nas listas, o que corresponderia obviamente a uma percentagem superior ? que a proposta de lei do Governo (25%) pretendia impor para as elei??es deste ano e de 2003.Desafiamos ent?o as outras for?as pol?ticas a assumirem publicamente compromissos similares, dizendo-lhes que assim se poupavam ao desprest?gio de s? por imposi??o de uma lei serem capazes de fazer o que deveria estar ao seu alcance por decis?o pr?pria, volunt?ria e soberana.Apelamos tamb?m a todos os cidad?os e a todos os eleitores, designadamente aos que justamente consideram que ? necess?rio aumentar a participa??o das mulheres na vida pol?tica, para que acompanhassem a forma como os diversos partidos concretizariam ou n?o, os compromissos que assumirem, integrando tamb?m este elemento no processo de forma??o da sua op??o de voto.Hoje podemos dizer com alegria que honr?mos o nosso compromissos. ? mais um testemunho da nossa coer?ncia e da nossa luta empenhada pela interven??o em igualdade.A nossa lista conta tamb?m com destacados cidad?os da cultura, dos movimentos sociais, do movimento sindical e do mundo do trabalho, com um destacado militar do 25 de Abril e tamb?m como sabem, com o nosso camarada Jos? Saramago.E conta, dando uma profunda garantia de um trabalho empenhado, experiente e de grande qualifica??o, como j? aqui referiu a Ilda Figueiredo, com os camaradas que ao longo destes anos asseguraram a representa??o do PCP e da CDU, no Parlamento Europeu, em defesa dos interesses nacionais e de uma Europa de paz e solidariedade, os camaradas Joaquim Miranda, S?rgio Ribeiro e Hon?rio Novo.? uma lista para, como nos disse a Maria Rosa Cola?o na sua sauda??o, eleger nomes que t?m um passado de convic??es e verticalidade, de lutas persistentes, gente que sempre, (...) acreditou, nesses valores eternos, que s?o o rosto claro do Homem, de todos os homens que povoam e habitam os lugares de esperan?a e fraternidade poss?veis.Lista de homens, mulheres e jovens que n?o perfilham a ideologia dos dois pesos e duas medidas, que n?o fazem dos direitos do homem um instrumento ao servi?o dos interesses das classes dominantes ou dos direct?rios das grandes pot?ncias, que combatem com a mesma firmeza a brutal repress?o dos Curdos pelo governo turco e os massacres em Timor, como condenam os bombardeamentos na Jugosl?via, o uso dos kossovares como carne para canh?o e que defendem a negocia??o pol?tica com o regresso pac?fico dos albaneses ao Kosovo e a sua autonomia, com respeito pela soberania e integridade da Jugosl?via.Homens, mulheres e jovens que conjuntamente com outras for?as progressistas tudo far?o para que a Europa tenha outro rumo, com as suas ra?zes n?o na barb?rie da Europa da inquisi??o, do nazi fascismo e da guerra, mas na Europa das luzes, do movimento popular e sindical, da Revolu??o Francesa e da Revolu??o de Outubro, que tenha por centro e finalidade o Homem; uma Europa com o respeito, a valoriza??o e o di?logo das culturas, uma Europa aberta aos terceiro mundo e aos povos do Sul. Uma Europa de efectiva coes?o econ?mica e social.Uma Europa com uma grande dimens?o ambiental e com uma grande dimens?o social e de solidariedade.? beira das elei??es para o Parlamento Europeu muitos s?o os que n?o perderam o seu inconformismo, a sua capacidade de indigna??o face ? hipocrisia, ao jesuitismo, ?s injusti?as de uma pol?tica assente nos dogmas do neoliberalismo.S?o muitos os que pensam que o PCP e a CDU s?o for?as que honram os seus compromissos que muitas vezes sozinhos sabem dizer n?o ao belicismo, revitalizar esperan?as, erguer bandeiras e assumir sem equ?vocos a defesa das grandes causas sociais, da sociedade e da civiliza??o.E ? bom saber e ouvir que o PCP e a CDU s?o for?as necess?rias e imprescind?veis e que temos raz?o.Queremos tamb?m dizer a todos esses que naturalmente ficamos muito honrados, mas se querem que a sua voz tenha mais for?a em Portugal e na Europa, ? tamb?m necess?rio que na altura da vota??o nos d?em a for?a do seu voto.? com confian?a que travamos esta batalha e sobretudo com o sentimento de que temos cumprido perante o nosso povo e o nosso Pa?s e ? com grande determina??o que travaremos a luta por um Portugal de progresso e justi?a, numa Europa de paz e coopera??o.