Partido Comunista Portugu�s
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Situação das mulheres com deficiência na UE - Intervenção de Ilda Figueiredo no PE
Quinta, 26 Abril 2007
Neste Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades, que esperamos que seja para todos e para todas, este relatório assume particular importância, dado chamar a atenção para pessoas que são particularmente vulneráveis às discriminações múltiplas - as mulheres portadoras de deficiência.
Por isso, cumprimento a relatora pelo trabalho realizado e espero que a Comissão Europeia e os Estados-Membros tenham em devida conta as propostas aqui contidas. É que sabemos que as pessoas com deficiência e as suas famílias, em geral enfrentam dificuldades acrescidas na sua vida quotidiana, precisando de apoios e medidas que tenham em conta as especificidades da sua situação para que seja possível a sua plena integração nas várias actividades da sociedade.
Daí que seja necessário integrar as necessidades das pessoas com deficiência e os direitos das mulheres em todas as políticas aos níveis nacional, regional e local, em particular nas políticas de urbanismo, educação e formação, emprego, habitação, transportes, saúde e serviços sociais, incluindo o apoio personalizado sempre que a situação o justifique. Isto implica que haja políticas públicas fortes com investimentos significativos em áreas que são particularmente sensíveis para garantir a igualdade de oportunidades para as mulheres e as pessoas portadoras de deficiência. O que exige alterações nas prioridades políticas. Não se pode continuar a dar prioridade a critérios de convergência nominal do Pacto de Estabilidade e com esse argumento continuar a cortar investimentos públicos, como tem acontecido em Portugal, e a encerrar maternidades, serviços de urgência e escolas, pondo em causa os direitos das pessoas, especialmente das camadas mais vulneráveis, como são as mulheres e as pessoas portadoras de deficiência.
Não basta proclamar que queremos a igualdade de oportunidades para todos, lançar uma campanha de propaganda e, depois, praticar políticas neoliberais que agravam as desigualdades e injustiças sociais. Mais do que proclamações, precisamos de mudanças políticas para dar prioridade à justiça social e a verdadeiras políticas de inclusão social e de igualdade de oportunidades para todos e para todas.