Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, Sessão Pública CDU

Em Loures a CDU é a alternativa ao desastre da gestão PS

Uma saudação a todos os presentes, que aqui estão nesta sessão de apresentação do Gonçalo Caroço, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Loures.

O Gonçalo tem um percurso ligado à vida e à intervenção no Concelho, como dirigente associativo, integrando os movimentos de utentes da Saúde e dos Transportes Públicos, foi e é actualmente vereador na Câmara Municipal de Loures.

Profundamente conhecedor dos problemas, das características e das possibilidades de Loures, o Gonçalo conhece bem o terreno, a realidade e o dia-a-dia dos que vivem, trabalham e estudam neste concelho.

E é a partir dessa realidade, das potencialidades, das respostas que são urgentes dar e da recuperação dos caminhos que foram quebrados; é com as populações no centro dos objectivos que a CDU se apresenta com grande confiança como alternativa à gestão que o PS, com a cumplicidade do PSD e do Chega, impuseram neste mandato ao concelho de Loures.

Confiança, esta é a palavra, uma afirmação cheia de trabalho, de ligação às populações, de construção, provas dadas e projecto de futuro.

Confiança nesta força que integra o PCP, o Partido Ecologista «Os Verdes» e a Associação Intervenção Democrática, nossos amigos e aliados que daqui saudamos.

Mas que vai muito para lá disso, conta e conta muito com gente muito diversa, gente independente e até por pessoas que apoiando ou mesmo sendo de outras forças sabem que é aqui, desde logo no plano autárquico, que está o projecto de construção colectiva com as soluções para que todos vivam melhor na sua terra.

É assim e é por aqui que queremos ir e ir mais longe.

Mobilizar e envolver todos os que estão disponíveis para abraçar este projecto de construção colectiva, a bem de quem cá vive e trabalha, todos os que com a sua dedicação, entrega, experiência, saber e luta, sejam uma referência de trabalho, honestidade e competência.

Afirmar a CDU é afirmar a força popular ao serviço do povo, que os lourenses conhecem bem.

Tal como conhecem, e hoje por experiência própria, as diferenças da gestão CDU e as consequências de uma gestão PS mais apostada na especulação imobiliária, na ostracização e segregação de parte da população do concelho e completamente silenciosa e subserviente nos constantes ataques que o SNS tem sofrido em Loures e que infelizmente são frequentemente noticiados ou na tentativa, felizmente para já gorada pela luta dos trabalhadores, de desmantelar os SIMAR para mais à frente poder privatizar o serviço de água e resíduos.

Conhecem a diferença da CDU em relação ao PS na luta e empenho para tirar da gaveta o projecto do Metro a Loures e torná-lo uma realidade para o concelho e servir as necessidades de mobilidade das populações.

Este PS, que tem esta prática aqui em Loures, mas que não fica por aqui.

Este PS, que em Lisboa é cúmplice de todas e cada uma das opções de Moedas, uma cumplicidade que se expressou na viabilização, sem nenhuma exigência, de todos os orçamentos da Câmara Municipal de Lisboa, é o mesmo PS que em Setúbal nem sequer pestanejou no voto contra o orçamento da Câmara Municipal de gestão CDU. 

Este mesmo PS que viabilizou o Orçamento do Estado para este ano, ilibando Chega e IL da responsabilidade de responderem por um Orçamento com o qual estão de acordo, e amarrando-se a opções políticas que aprofundam ainda mais aquelas que foram as suas próprias opções políticas, nomeadamente enquanto teve maioria absoluta.

Amarrando-se a opções políticas deste Governo PSD-CDS, que mais parece uma comissão de gestão dos interesses dos grupos económicos e das multinacionais.

Um Governo apostado em, o mais depressa possível, transformar cada problema em novos favores ao grande capital.

Um Governo apressado em privatizar tudo onde o capital quer pôr a mão; com pressa em nomear agentes da concretização dos seus objectivos e em formar grupos de trabalho para elaborar conclusões que já estão mais que tiradas e que visam o assalto aos fundos da Segurança Social, aumentar o tempo de trabalho, obrigar as novas gerações a trabalhar até não poderem mais, quando aquilo que se impõe é que 40 anos de trabalho, 40 anos de descontos permitam, sem penalizações e cortes, o mais que merecido acesso à reforma.

Um Governo submisso às ordens de Bruxelas, sejam elas quais forem e a cumprir a sua agenda de precariedade e exploração, e de fazer da educação, da saúde, da infância e da velhice mais e mais negócios.

Um Governo que, apoiado numa competente máquina de propaganda, vai vendendo a ideia que está a fazer, e está.

Está a transferir, com o acordo do PS, do Chega e da IL, 365 milhões de euros em IRC para os grupos económicos, está a ajoelhar o País aos interesses e vontades das multinacionais, está a desbaratar a soberania, está-se a preparar para obedecer à voz do chefe e transferir recursos públicos que tanta falta fazem, para o negócio das armas, da morte e da guerra.

Está a fazer tudo para que a riqueza criada todos os dias pelo esforço e dedicação dos trabalhadores, dos que põem o País e a economia a funcionar, seja cada vez mais concentrada nas mãos de 19 grupos económicos que encaixam, todos os dias, qualquer coisa como 32 milhões de euros de lucros. 

Mas este não é um Governo que tem as mãos livres para fazer o que quer, conta com a luta das populações e a acção determinada do PCP e da CDU.

Tomemos a iniciativa, intensifiquemos o esclarecimento e a mobilização, falemos com muita gente, com gente nova e nova gente, façamos das eleições autárquicas uma grande jornada de contacto e mobilização popular.

A CDU é a alternativa para a Câmara Municipal de Loures. A vitória da CDU nas próximas eleições autárquicas é a vitória das populações, a vitória de Loures para o seu desenvolvimento e a melhoria das condições de vida.

Loures precisa da CDU, a força do trabalho, da honestidade, da competência.

A força que se empenhou como nenhuma outra na luta pelo transporte público e pelo passe social.

A força que tem uma prática incomparável na gestão autárquica pela democratização do desporto e da cultura, para projectos educativos, para o movimento associativo e popular.

A força que se bate como ninguém pela Escola Pública, pelo pré-escolar, por uma rede pública de creches; que valoriza quem trabalhou uma vida inteira e justamente merece uma reforma com dignidade; que defende a água como bem público.

A força que não abdica que funções cruciais de gestão autárquica – a limpeza, os espaços verdes, a recolha de resíduos, o saneamento – se mantenham na gestão pública e ao serviço das populações; que considera que é hoje central uma boa organização do espaço urbano, promoção de zonas verdes, preservação paisagística e da atenção e resposta às condicionantes de risco ambiental.

A força que alertou para as consequências, que aí estão à vista, de um processo desastroso a que chamaram transferência de competências.

A força que trava cada batalha com confiança e se lançou pela recuperação das freguesias e vai continuar essa luta; que defende e valoriza o papel das freguesias; que reconhece o valor da proximidade dos órgãos com as populações; que respeita as competências de cada órgão; que se lança na batalha por cada Assembleia de Freguesia, pela Assembleia Municipal, pela Câmara Municipal; que sabe que nas autárquicas o que está em jogo é o confronto entre projectos ao serviço da maioria de quem cá vive e trabalha, como é o da CDU, e projectos que, para lá das proclamações, mais não são do que instrumentos ao dispor de outros interesses. 

E quem se apresenta sob uma consigna que pratica, de trabalho, honestidade e competência, só tem razões para encarar a batalha que temos pela frente com confiança.

Cá estamos confiantes e certos que serão muitos os que irão não apenas apoiar a CDU, não apenas votar na CDU nas próximas eleições, como serão eles próprios dinamizadores e protagonistas desta dinâmica que já está em marcha e precisa de aumentar, levando mais longe o nosso trabalho, a afirmação do projecto e dos candidatos que lhe dão corpo, desde logo do Gonçalo.

Não desistamos de ninguém. 

Que nenhuma conversa, nenhum esclarecimento e nenhum convite fique por fazer para alargar esta força comprometida com o povo a que pertence e que não está aqui para se servir, mas sim para servir o povo.

Somos a força da esperança que não fica à espera de melhores tempos, que aqui está com a confiança e a determinação de quem não desiste de cada terra, de cada concelho e do País e que não admite que nos empurrem para as injustiças e as desigualdades. 

Cá estamos para transformar a realidade no sentido do progresso, da justiça, da solidariedade, uma esperança activa, que resiste e avança pela melhoria das condições de vida do nosso povo.

Essa força que aqui em Loures tem o rosto do Gonçalo e de muitos outros comunistas, ecologistas, independentes, amigos, para afirmar a alternativa, que o concelho de Loures e a sua população precisam.

Estamos certos que será assim, com a acção e o empenho dos muitos que já hoje fazem parte da CDU, que serão ainda mais os que se juntarão à CDU e que darão mais força para que seja possível levar por diante um projecto, uma ideia, um caminho de combate às injustiças e desigualdades e para uma vida melhor.

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