Intervenção do Deputado
Joaquim Matias
Novo aeroporto internacional na Ota
(sessão de perguntas ao Governo)
3 de Dezembro de 1999
Sr. Presidente,
Sr. Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território
Quando o Governo publicou o Decreto n.º 31-A/99, em 28 de Agosto, não
tomou, na altura, a decisão de construir o aeroporto. Tomou apenas
a decisão de prorrogar as medidas de segurança na Ota e sujeitar,
aliás, outros terrenos a novas medidas de segurança. E não
o fez porque, um mês antes deste processo, a Comissão de Análise
do Estudo do Impacte Ambiental referia que o estudo efectuado não permitia
tomar uma decisão definitiva. Era necessário aprofundar os estudos
bem como fazer estudos de corredores aéreos; eram, também, necessários
os pareceres dos consultores. Por isso se justifica que o Governo, na altura,
não se tivesse decidido pela execução do aeroporto, simplesmente,
por prorrogar as medidas cautelares.
Ora, fomos surpreendidos recentemente por declarações do Sr.
Ministro das Obras Públicas de que o aeroporto ia avançar, contrariamente
aos relatórios dos consultores que referiam que se devia manter na
Portela. O Sr. Ministro acaba, também, por referir que os estudos de
impacte ambiental são concludentes.
Assim sendo, a minha pergunta vai precisamente neste sentido: que estudos
foram concluídos entretanto, de 20 de Agosto para cá, que permitam
ao Sr. Ministro afirmar o que afirmou relativamente ao impacte ambiental,
quando o Sr. Ministro do Equipamento referiu que
(...)
Portanto, que estudos permitiram tomar esta decisão e quando é
que o Governo decidiu, de facto, construir o aeroporto na Ota?