Intervenção do Deputado
Agostinho Lopes

Linha do Minho

7 de Abril de 2000



Sr. Presidente,
Sr. Secretário de Estado dos Transportes

Certamente é uma redundância falar do papel central e estratégico da linha do Minho para todo o Noroeste português e para o próprio País, daí a necessidade do avanço rápido de investimentos em toda a linha do Minho, não só no troço Porto/Viana/Valença como no ramal de Nine a Braga. Podemos ainda olhar para a linha do Minho como o suporte de um conjunto de potenciais malhas ferroviárias de grande importância para uma outra acessibilidade ferroviária no distrito de Braga.
Sr. Secretário de Estado, as questões que lhe coloco são muito simples: está concluído o estudo de viabilidade do troço Porto/Vigo? Relativamente à linha de Guimarães, para quando o fim das obras? E quanto ao fecho da malha ferroviária Braga/Guimarães? Tenho perguntado bastantes vezes ao Governo se este problema da ligação ferroviária entre Braga e Guimarães vai ou não ser equacionado e, em caso de resposta negativa, quais as razões para que tal não aconteça.
No que respeita à linha da Póvoa, continua sem resposta o requerimento que fiz sobre o levantamento dos carris e uma notícia recente dá conta das intenções da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, que vão no sentido de pedir à REFER a cedência da plataforma para utilização na construção de uma estrada e de uma via reciclável. Pergunto se este pedido vai ser satisfeito.
Também gostava de saber quando começam as obras no ramal de Braga e se a CP tem prevista, como obra possível, a recuperação da concordância da linha em Nine, que permitiria uma outra forma de transporte ferroviário entre Braga, Barcelos e Viana.
Quanto ao problema da travessia da Trofa, pergunto se já existe uma decisão. Vamos para o rebaixamento ou avança-se para uma outra alternativa?
Finalmente, pergunto-lhe por que razão é que numa linha em modernização, relativamente à qual se prevêem grandes investimentos, estão a ser encerrados postos de atendimento e bilheteiras, como acontece em Tamel, em Midões, no concelho de Barcelos, em Vila Praia de Âncora e noutros pontos desta linha, para lá da degradação de um conjunto de apeadeiros abandonados, quando nada apontaria neste sentido.