Relatório Hermange - sobre orientações
para o emprego
Declaração de Voto de Ilda Figueiredo
22 de Abril de 2004
Embora se diga que o emprego é uma ambição europeia, lamentavelmente, o primado das políticas monetárias, com destaque para o Pacto de Estabilidade, impede que se dê prioridade prática ao emprego. Pelo contrário. Não passam de meras declarações de intenção apenas para cidadão ler.
De facto, onde estão as medidas práticas para concretizar o pleno emprego, a melhoria da qualidade e produtividade do trabalho, o reforço da coesão social e da inserção?
O que continua a aumentar é o desemprego que entre 2002 e 2003 aumentou 1,5 milhões de desempregados na União Europeia.
O que continua a aumentar são as deslocalizações de multinacionais que, em Portugal, já enviaram para o desemprego milhares de trabalhadores.
O que continua a aumentar é a pobreza e a exclusão social.
O que continua a aumentar são as desigualdades sociais, que as liberalizações e as privatizações, aceleradas após a aprovação da estratégia de Lisboa, estão a provocar, designdammente em Portugal.
Assim, não podíamos votar favoravelmente este relatório.