Intervenção do Deputado
Rodeia Machado
Futuro da agência da Caixa Geral de Depósitos em Paris
(em sessão de perguntas ao Governo)
8 de Junho de 2001
Sr. Presidente,
Sr. Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças,
Efectivamente, foram já levantadas algumas questões em relação à Banque Franco Portugaise e à Caixa Geral de Depósitos, em França, pelo que há que tornar claros dois aspectos sobre esta matéria.
De facto, a agressividade do BCP é superior à agressividade da Caixa Geral de Depósitos e da Banque Franco Portugaise, em França, porque, enquanto o BCP tem 70 ou 80 agências, a Caixa Geral de Depósitos tem apenas oito. É evidente que também temos de contar com as da Banque Franco Portugaise, mas, neste momento, os trabalhadores desconhecem em absoluto o que vai ser feito, qual é a reestruturação e em que sentido vai essa reestruturação. Ou seja, têm muitas dúvidas e acima de tudo têm falta de informação da parte dos responsáveis pela CGD e pela Banque Franco Portugaise, em França.
Não podemos, naturalmente, esquecer - e ainda há pouco tempo estive com esses trabalhadores - que estão cerca de 156 trabalhadores na Caixa Geral de Depósitos e 291 na Banque Franco Portugaise, dos quais 250 são trabalhadores portugueses. São portugueses que ali trabalham e que não sabem qual é o seu futuro em relação à banca.
Já foram feitas perguntas sobre esta matéria, as respostas são
demasiado evasivas, não se chega a uma conclusão. O Sr. Secretário
de Estado traz alguma informação relativa a esta matéria,
mas eu gostaria que o Sr. Secretário de Estado nos informasse que futuro
vai ser o dos trabalhadores e do Grupo Caixa Geral de Depósitos e da
Banque Franco Portugaise, em França. Porque, efectivamente, durante muitos
anos, ela serviu, e penso que servirá para o futuro, para canalizar a
poupança dos emigrantes para Portugal, e, a meu ver, essa referência
não deve ser abandonada pelo Governo português.