É preciso deter a escalada na alta de preços
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
31 Março 2004

 

O PCP considera gravemente sintomático da escalada de aumentos de preços de bens e serviços essenciais o anúncio da iminente concretização do sexto aumento dos combustíveis desde Janeiro deste ano que corresponderá ao aumento de 5% em apenas três meses, com graves reflexos para a generalidade da população e para a própria actividade económica.

O PCP sublinha que esta escalada de aumento dos preços dos combustíveis é indissociável da chamada «liberalização de preços» errada e irresponsavelmente decidida pelo governo PSD-CDS.

O PCP sublinha que estes aumentos de preços dos combustíveis se somam a muitíssimos outros, quase sempre com valores muito superiores à taxa de inflação oficial, e de que é destacado exemplo o escandaloso aumento de preços dos transportes públicos, o quarto nos últimos dois anos.

Acresce também que esta escalada de preços coincide com um novo golpe nos orçamentos de dezenas de milhar de famílias por força de acréscimos muito significativos no Imposto municipal sobre imóveis (antiga contribuição autárquica).

O PCP sublinha que hoje em Portugal se vive uma gravíssima situação de erosão do poder de compra dos salários por via do galopante aumento de custo de vida que leva justamente a generalidade dos cidadãos a considerarem que as taxas oficiais de inflação divulgadas pelo Governo são uma fantasia sem nenhum ponto de contacto com a sua vida e os seus orçamentos familiares.