Pela pesca nacional
Nota do Gabinete de Imprensa
dos Deputados do PCP no Parlamento Europeu
17 de Maio de 2001
O Acordo de Pescas com a Gronelândia é, depois do Acordo de Pescas
com Marrocos, aquele que tem maior compensação financeira, servindo
sobretudo a Alemanha e, depois, com quotas mais pequenas, o Reino Unido, a
Dinamarca e a França. A Alemanha recebe cerca de 80% da quota apesar
de este Estado-membro não ter capacidade de garantir estas capturas.
Sendo um acordo comunitário, a questão não
devia ser coadunar a compensação financeira à utilização
da quota, mas sim garantir possibilidades de pesca a outros Estados-membros
com capacidade de capturas e necessidade de viabilização da
sua pesca longínqua.
Este é, por exemplo, o caso Português, que desde os anos 30 já
pescava naquela zona e continuou a ter relações após
a fixação das ZEE em 1997, tendo ficado de fora do Acordo aquando
da sua adesão à UE em 1986.
Assim, e tendo em conta o debate realizado ontem na sessão plenária
de Estrasburgo relativo à celebração do quarto protocolo
sobre as condições de pesca entre a União Europeia e
a Gronelândia, os deputados aprovaram uma alteração de
compromisso proposta pelos deputados do PCP no PE, no sentido de garantir
que todos os Estados-membros tenham acesso às possibilidades de pesca,
amplamente sub utilizadas no anterior protocolo.