A situação no Médio Oriente
Intervenção de Ilda Figueiredo
24 de Setembro de 2003

 

É com extrema preocupação que acompanho a escalada de agressão do Governo israelita contra o Povo Palestiniano.

As recentes e repetidas ameaças do governo israelita no sentido de expulsar Yasser Arafat, chegando o vice-primeiro ministro israelita a colocar a possibilidade do seu assassinato, são totalmente inaceitáveis e condenáveis.

A Assembleia Geral da ONU criticou o Governo israelita quanto a este propósito. Deploravelmente, os Estados Unidos vetaram, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução no mesmo sentido (aliás, com a abstenção da Alemanha e da Grã-Bretanha).

A UE não pode apenas, como se diz na declaração da Presidência da União Europeia, "expressar a sua profunda preocupação", "pedir ao governo israelita que modere o uso da força e, em particular, a expulsão do Presidente Arafat" ou colocar em pé de igualdade o Governo israelita e o Povo Palestiniano, seguindo posições dos Estados Unidos.

É imperativo pressionar, de forma clara, as autoridades israelitas visando o fim da ocupação militar, dos assassínios, da anexação de territórios palestinianos e da construção do muro, do controlo da circulação dos palestinianos, enfim, do verdadeiro terrorismo de estado praticado contra o Povo Palestiniano.

A solidariedade com o Povo Palestiniano é urgente. A paz é a concretização do inalienável e reconhecido direito do Povo Palestiniano ao seu próprio Estado independente e soberano.