Os novos atentados contra
o povo palestiniano
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
4 de Outubro de 2000
A visita de Ariel Sharon com uma força de 3 mil soldados
à esplanada das mesquitas em Jerusalém Oriental, no momento
preciso da oração islâmica, constituiu uma frontal provocação
ao povo palestiniano, aos muçulmanos de todo o mundo e à paz.
À esperada manifestação de repúdio por parte dos
palestinianos respondeu o governo israelita de Ehud Barak com tanques, helicópteros
e mísseis, causando dezenas de mortos, sobretudo de jovens menores
de 16 anos.
Estes trágicos acontecimentos não seriam possíveis sem
a protecção escandalosa dos EUA e a cumplicidade da União
Europeia, em relação a Israel e à sua política
de sistemática repressão e opressão do povo palestiniano.
Sem a solução justa e duradoura do conflito no Médio
Oriente que consagre a existência do Estado da Palestina soberano com
Jerusalém como capital, a retirada de Israel de todos os territórios
árabes ocupados e o regresso dos refugiados ou a sua devida compensação
conforme as resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança,
são previsíveis novos e sangrentos confrontos.
O PCP denuncia esta escalada repressiva do governo israelita e apela a que
os portugueses manifestem o seu repúdio por tão sangrenta repressão.
O PCP confirma a sua solidariedade à OLP e ao povo palestiniano, à
sua luta libertadora e considera que o governo português deve tomar
firme posição de condenação destas acções.