O Teatro de Papel leva à cena Bodas de Sangue, de Federico Garcia Lorca.

Trata-se de um drama de fortes paixões em que o amor é a causa da tragédia. Um triângulo amoroso sem solução. Supõe-se que Lorca tenha retirado a ideia de uma notícia de jornal.

De Aveiro vem o CETA – Círculo Experimental de Teatro, com a peça O Mestre Fantasia, de Rosa Gadanho. Dirigido à infância e juventude o espectáculo basea-se numa história de uma companhia de saltimbancos dirigida por Mestre Fantasia que esgota em si própria toda a imaginação criadora.

A dramarturgia de Bertolt Brecht é trazida pelo Teatro das Beiras com a peça A Boda dos Pequenos Burgueses. A acção decorre depois numa boda depois da ida à igreja dos noivos. A noiva está grávida e o noivo, que é marceneiro, está orgulhoso de ter construído, sozinho, toda a mobília. A refeição desenrola-se lentamente constituindo os actores personagens de uma ballet de gestos e atitudes num cerimonial falso.

O Marinheiro, de Fernando Pessoa, é o texto escolhido pelo grupo A Lente – Teatro de Aumentar. Este grupo propõe-se desenvolver um teatro em que sejam explorados os meios audiovisuais e técnicas de animação numa tentativa de dar ao texto dramático uma nova dimensão comunicativa.

Por sua vez, o Teatro Extremo apresenta um espectáculo intitulado Capuchinho Branco Sujo, onde pretende de uma forma divertida, sensibilizar adultos e crianças para os princípios da higiene urbana. Música ao vivo e uma parelha de palhaços prometem divertimento.

O Teatro do Morcego leva à Festa A Passagem dos Corpos, de Antonin Artaud. O grupo fez uma colagem de textos com o objectivo de fazer uma síntese possível de toda a obra deste autor que questiona até ao inadmissível a vida, a sociedade, a arte, a linguagem, o corpo, a história, a psiquiatria, o poder, os poderes. O espectáculo é um pretexto para uma nova abordagem de preocupações que nos são próprias.