VASCO PEARCE DE AZEVEDO

Iniciou os seus estudos musicais aos 4 anos na Academia dos Amadores de Música. Interessa-se pela direcção desde a sua entrada para o Coro da Universidade de Lisboa, em 1981, onde desempenhou as funções de ensaiador de naipe. Frequentou vários cursos de direcção de orquestra e de direcção coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, tendo trabalhado com Jean-Sébastien Béreau, Ernst Schelle, Jenö Rehak e Octav Calleya (direcção de orquestra) e ainda com Erwin List, Josep Prats, Edgar Saramago e José Robert (direcção coral).

Estuda no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) onde obtém em 1989 o Bacharelato em Composição, estudando nomeadamente com Christopher Bochmann e Constança Capdeville. Entre 1990 e 1992 é Assistente na ESML de várias cadeiras do Curso de Composição; entre 1995 e 1998, Professor de Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Nacional, e entre 1995 e 2002, Professor de Análise e Orquestração na Academia Superior de Orquestra (Orquestra Metropolitana de Lisboa). É Professor de Orquestra, Direcção Coral, Coro, Técnicas de Composição, Análise Musical e Harmonia na ESML desde 1998.

Funda em 1985 o Coro de Câmara Syntagma Musicum, coro com o qual conquista em 1988 o 1º Prémio no concurso Novos Valores da Cultura na área de Música Coral, o que lhe concede o direito à gravação de um C.D. intitulado "Música Coral do Século XX". Nesse mesmo ano conquista uma Menção Honrosa no Concurso Novos Valores da Cultura na área de Composição (Música Erudita) com a obra “3 Pantoneças in Memoriam Alban Berg”. Em 1992 funda a Orquestra da Juventude Musical Portuguesa da qual foi Maestro Titular e Director Musical até 1995. É desde 1995 Maestro Titular e Director Musical da Sinfonietta de Lisboa, orquestra com a qual tem realizado estreias absolutas de obras de Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo, Carlos Fernandes e Ivan Moody entre outros. Tem dirigido, na qualidade de Maestro Convidado, as Orquestras Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa, Nacional do Porto, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Orquestra da Artave, Sinfónica Juvenil e Orquestra Portuguesa das Escolas de Música. Dirigiu com a Companhia Nacional de Bailado a estreia absoluta de “Dançares” de Lopes-Graça e a estreia em Portugal de “Agon” de Stravinsky . Em Fevereiro de 1999, a convite do Teatro Nacional de S. Carlos, dirigiu a Ópera “La Borghesina” do compositor português Augusto Machado, obra que não era apresentada ao público desde a sua estreia em 1909. Foi juri do III° e VIº Concursos de Interpretação do Estoril (1996 e 2002).

É licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, local onde foi também assistente entre 1985 e 1992, tendo leccionado as disciplinas de Álgebra e Análise Matemática. Foi membro do Coro Gulbenkian.

Terminou em Junho de 1995, na qualidade de bolseiro da Comissão Fulbright e da Fundação Calouste Gulbenkian, o mestrado em direcção de orquestra e coro no College-Conservatory of Music da Universidade de Cincinnati (EUA), estudando com Gerhard Samuel e Christopher Zimmermann (direcção de orquestra) e ainda com Elmer Thomas, John Leman e Earl Rivers (direcção coral). Foi Bolseiro da Universidade de Cincinnati (Graduate Scholarship) entre 1992 e 1995 e Bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura (1994–95). Conquista em 1997 o 3º Prémio no IIIº Concurso Internacional Maestro Pedro de Freitas Branco, e em 1996, uma Menção Honrosa no II° Concurso Internacional Fundação Oriente para Jovens Chefes de Orquestra.
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