O PCP sublinha que a demissão do Ministro da Ciência e do Ensino Superior constitui o corolário lógico e indispensável do seu manifesto envolvimento e crucial responsabilidade num caso de descarado favorecimento pessoal em ofensa a elementares princípios de isenção e respeito pela legalidade no exercício de cargos públicos.
O PCP considera entretanto que não pode passar em claro que, apesar de ter pedido a demissão, o Ministro Pedro Lynce tenha tido o despudor de, perante a Comissão Parlamentar de Educação, continuar a sustentar uma imaginária legalidade e correcção da sua decisão.
O PCP salienta que o óbvio envolvimento do Ministro dos Negócios Estrangeiros neste processo torna absolutamente insustentável a sua permanência nas funções que exerce.
Salientando que o Primeiro-Ministro não pode ficar silencioso perante este caso e antes deve imediatas explicações ao País, o PCP sublinha por fim que quer a demissão já ocorrida quer a outra que é necessário ocorra prontamente não bastam para apagar o grave e duradouro significado político deste processo nem o que revela enquanto sinal de uma política e decisões governamentais submetidas a interesses particulares e a práticas de nepotismo.