Futuro do sector dos têxteis e
do vestuário na União Europeia alargada
Declaração de Voto de Ilda Figueiredo
29 de Janeiro de 2004
Congratulo-me com a inclusão na presente resolução do PE de duas das minhas propostas que penso serem importantes para apoiar o sector têxtil e do vestuário na UE e em Portugal, nomeadamente a criação de um programa comunitário específico para o sector - com adequados meios de apoio –, particularmente para as regiões mais desfavorecidas dependentes do sector, de apoio à investigação, à inovação, à formação profissional e às PMEs; assim como, a criação de um programa comunitário que incentive a criação de marcas e a promoção externa dos produtos do sector, nomeadamente nas feiras internacionais.
Contudo, lamento que outras propostas não tenham sido aprovadas, nomeadamente a necessidade de haver um verdadeiro plano de acção que seja concreto, coeso e explícito quanto aos instrumentos, meios financeiros e ao calendário; ou a necessidade de defender uma óptica de fileira produtiva; ou ainda a necessidade de ter uma abordagem sectorial nas negociações da OMC, de forma a que o sector não seja moeda de troca.
Deploro ainda que a lógica de liberalização não seja posta em causa e temo pelos riscos de deslocalização do sector. É necessário fazer uma avaliação séria do impacto da liberalização total do sector, nomeadamente com o fim do Acordo Têxtil e do Vestuário e a entrada da China na OMC.