Relatório Rolf Linkohr - investir na investigação - um plano para a Europa
Declaração de Voto de Ilda Figueiredo
18 de Novembro de 2003

 

Os traços gerais da situação actual em Portugal, no que respeita ao investimento em I&D, são de grande preocupação, dado que a despesa total, em percentagem do PIB, é vizinha de 0,8% sendo que a parte do financiamento do Estado corresponde a 65% do total, 30% às empresas e 5% ao estrangeiro (essencialmente, fundos europeus). Para já não falar no facto de que o futuro do investimento empresarial em I&D depende da evolução que se vier a dar em muitas outras áreas sociais, do desenvolvimento das forças produtivas e do desenvolvimento geral do País, questões que vão muito para além da política de ciência e tecnologia.

Ora, o relatório do Parlamento Europeu tem interesse na medida em que reflecte preocupações actuais com o nível de desenvolvimento das actividades de I&D na Europa e as características e necessidades do sector. Merece particular relevo a ênfase dada à necessidade de aumentar o investimento no sector público fazendo notar que ele é indispensável ao progresso da actividade de I&D no sector privado.

Embora com algumas imprecisões pontuais, no essencial apoia as propostas da Comissão, acrescentando algumas outras, designadamente, o reforço dos fundos do 7º Programa Quadro de I&D (para 30 000 milhões de euros); a criação de "comunidades tecnológicas" e a criação de um Conselho Europeu de Investigação.