As acções levadas a cabo pela Turquia na Zona Económica Exclusiva de Chipre, configurando uma invasão da ZEE cipriota, constituem uma provocação inqualificável, sendo merecedoras do mais vivo repúdio.
Manifestamos mais uma vez toda a nossa solidariedade para com o povo cipriota, que vive sob ocupação turca desde 1973, data em que a Turquia invadiu a parte norte da Ilha, matando milhares de pessoas. Um crime que continua impune até hoje.
Esta ocupação nunca foi reconhecida por nenhum Estado com excepção da própria Turquia.
E registamos mais uma vez a dualidade de critérios da União Europeia. Uma UE que é rápida e pronta quando se trata de seguir as orientações da NATO e dos EUA (com sanções económicas e políticas, entre outras medidas), mas que não passa de meras declarações piedosas quando se trata da soberania de um dos seus Estados-Membros. Onde estão agora as sanções? Onde estão os que por elas clamam sempre tão prontamente? Que tem efectivamente feito a UE para impulsionar a continuação das negociações, visando a reunificação? Quanta hipocrisia…