O banco central europeu representa hoje o maior centro de poder na União Europeia. De forma sinuosa e nas costas das populações, o BCE foi apropriando-se de funções que ultrapassam claramente o que estava consignado nos seus estatutos.
O BCE junta a política monetária e a supervisão bancária, duas funções claramente conflituantes. O BCE há muito que vem alargando a sua intervenção nos domínios da governação económica, recorrendo à chantagem para ditar aos governos nacionais quais devem ser as suas políticas.
Aos Estados Nacionais tudo é exigido para poder ter acesso ao financiamento. Ao contrário, rega-se o sector financeiro com milhares de milhões de euros e eu pergunto, com que contrapartidas? Que garantias tem a BCE de que estes milhões distribuídos aos bancos cheguem de facto a quem precisa?
A pergunta legítima que se impõe hoje é a seguinte: dada a promiscuidade existente, qual a actual missão do BCE? Promover um quadro macroeconómico estável ou garantir a sobrevivência do sector financeira.