Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Recente sismo no Haiti

Perante o dramático cenário de completa destruição que se abateu sobre o Haiti, impunha-se uma pronta, efectiva e genuína solidariedade que ajude a mitigar o sofrimento do seu povo.

Impunha-se igualmente a recusa e condenação de toda e qualquer tentativa de aproveitamento da tragédia do povo haitiano para ocupar militarmente o país, bem como a inequívoca defesa da soberania e independência do Haiti - algo que o texto em discussão não faz.

É de lamentar que a resolução seja mais recuada do que as declarações de alguns chefes de Estado e dirigentes da ONU sobre a instalação de dezenas de milhar de soldados dos EUA no país.

O Haiti e o seu povo carecem de bombeiros, médicos, hospitais e bens de primeira necessidade. A resposta da UE, com a qual a resolução se congratula, foi "a decisão do Conselho no sentido do envio de 350 agentes da polícia militar".

Será oportuno lembrar aqui a rápida ajuda fornecida ao Haiti por países como Cuba, que enviou prontamente 400 médicos, salvando vidas e prevenindo epidemias, montando infra-estruturas médicas e distribuindo bens de primeira necessidade, ou ainda a Venezuela, através do perdão da dívida e do fornecimento de combustível.

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