Economia e Aparelho Produtivo

Abertura do Seminário «O papel da produção nacional na promoção do desenvolvimento do país - Os impactos das políticas da União Europeia»

Desde há muito que, para o PCP, o aumento e a diversificação da produção nacional se assume como um desígnio e uma condição de desenvolvimento.

Desde há muito, também, que o PCP vem estudando, apontando, denunciando o impacto das políticas e das orientações da União Europeia na debilitação da produção nacional, na preocupante dependência económica daí resultante e na crescente subordinação política que lhe está associada - fatores que comprometem gravemente o desenvolvimento do país.

«Não há solução para os problemas nacionais sem uma inversão da política de abandono da produção nacional»

Começo por agradecer a vossa presença bem como valorizar o conjunto de intervenções aqui realizadas em torno de uma questão central para o desenvolvimento do País, para o bem estar do povo português, para o futuro de Portugal enquanto nação soberana – a defesa e desenvolvimento da produção nacional.

A «governação económica» da União Europeia e o quadro de constrangimentos imposto à produção e ao desenvolvimento nacionais. A política necessária

A chamada “Governação Económica” da União Europeia enforma-se numa intrincada trama de instrumentos de condicionalidade: dos Critérios de Maastricht ao Pacto de Estabilidade e Crescimento; do Tratado de Lisboa ao Tratado Orçamental; sem esquecer a União Económica e Monetária, com o Semestre Europeu, as suas recomendações específicas por país e os chamados programas nacionais de reformas. Toda esta trama representou uma significativa perda de instrumentos de política económica e um ataque à soberania nacional.

A denominada «estratégia industrial da UE» – impactos na produção nacional e no desenvolvimento do País

A natureza do processo de integração capitalista europeu, o Euro e a União Económica e Monetária, a política de direita a que sucessivos governos sujeitaram o país, os critérios de aplicação dos fundos comunitários não contribuíram para a modernização do aparelho produtivo nacional, para a atenuação das assimetrias regionais e do atraso relativo do País em relação a outros países da então Comunidade Económica Europeia, agora União Europeia.

Os Fundos da EU – impacto na produção nacional e no desenvolvimento. O PRR e o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027. Investimento Público e Produção Nacional

Com a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE) em 1 de Janeiro de 1986, nos últimos trinta e quatro anos, o nosso país recebeu da Comunidade Europeia cerca de 117 mil milhões de euros, a preços correntes, de apoios em fundos comunitários e contribuiu para a mesma Comunidade Europeia com cerca de 45 mil milhões de euros.

Em termos líquidos Portugal beneficiou desde 1986 de cerca de 72 mil milhões de euros para apoio ao investimento, o que representou anualmente um apoio equivalente a cerca de 1,6% do PIB, 53% do Investimento Público ou 7,5% do Investimento Total.

O País precisa de Agricultura para se alimentar

Camaradas,

Dizíamos há cerca de 20 anos atrás prevendo já a hecatombe que se iria abater sobre a agricultura familiar portuguesa que ocupa o território em harmonia com a nossa realidade e historia.

Que sem agricultores não há agricultura e sem agricultura não há país.

A previsão confirma-se no pior cenário, desertificação, tragédia de incêndios muitos agricultores excluídos da produção e o país mais dependente, situação particularmente desastrosa no domínio dos cereais a ocupação cultural do território desfasada das necessidades alimentares.

A produção nacional constitui um eixo central da política alternativa patriótica e de esquerda que o PCP propõe ao Povo português e pela qual continuará lutar

Para o PCP a defesa produção nacional não é uma moda recente à qual decidiu aderir, nem tão pouco um novo critério para aceder à disponibilização de fundos comunitários. A produção nacional constitui um eixo central da política alternativa patriótica e de esquerda que propõe ao Povo português e pela qual continuará lutar.

«There is no solution to national problems without a reversal of the policy of abandoning national production»

I would like to start by thanking you for your presence as well as valuing the set of interventions made here on a central issue for the country's development, for the well-being of the Portuguese people, for the future of Portugal as a sovereign nation – the defence and development of national production.

Encerramento do seminário «Promover a gratuitidade e a intermodalidade dos Transportes Públicos»

Caros amigos, estimados camaradas

Os transportes públicos constituem um importante serviço público essencial à qualidade de vida das populações, fundamentais para assegurar o transporte de passageiros, os movimentos pendulares, a coesão territorial e o direito à mobilidade. São também determinantes para a organização e gestão do território e essenciais ao funcionamento da economia e à preservação dos valores e do património ambiental. Promover a gratuitidade e a intermodalidade de transportes representa, por isso, um justo objectivo da luta do Povo português e de outros povos da Europa.

Abertura do seminário «Promover a gratuitidade e a intermodalidade dos Transportes Públicos»

Estimados amigos, caros camaradas,

Este é um seminário sobre transportes públicos.

A diversidade de intervenções a que iremos assistir assegurar-nos-á, assim o esperamos, um olhar amplo sobre a problemática da mobilidade das populações, com um enfoque particular (embora não exclusivo) nas cidades e nas áreas metropolitanas.