Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Jantar-Comício CDU

Há que colocar um ponto final no rumo de declínio nacional

Há que colocar um ponto final no rumo de declínio nacional

Quando há dois meses aqui estivemos juntos pudemos assinalar a confiança e as perspectivas que tínhamos sobre a possibilidade da CDU avançar e crescer também na Madeira.

Aqui estamos hoje a poder assinalar com justificada alegria esse importante resultado obtido pela CDU. Um resultado que testemunha o apoio crescente à CDU, a confiança que em nós depositam, o reconhecimento da nossa seriedade e do nosso compromisso com as aspirações dos trabalhadores e do povo.

Como dissemos a nossa força é a força do povo. Nenhum de todos os que confiaram na CDU, dos muitos que pela primeira vez votaram em nós (e até os muitos que o tendo desejado fazer erraram no momento do voto), encontrará razão para se arrepender da opção que fizeram.

Cá estamos, todos os dias, para continuar a defender os direitos dos trabalhadores, combater as injustiças, apresentar propostas e soluções para dar resposta aos problemas da região e do povo.

Temos agora de projectar este ambiente de confiança na CDU, de apoio crescente, na batalha eleitoral de Outubro próximo.

Dar mais força à CDU é o factor crucial para derrotar a política que PS, PSD e CDS têm imposto nos últimos 38 anos.

Há que colocar um ponto final no rumo de declínio nacional que só acrescentou exploração, empobrecimento e dependência.

É muito importante confirmar pelo voto a derrota a que o actual governo e a sua maioria – PSD/CDS - seguramente não fugirão.

Mas é preciso também com o reforço da CDU, com a obtenção de mais votos, a eleição de mais deputados da CDU, contribuir para a derrota da política de direita, e para dar força à construção de uma política alternativa patriótica e de esquerda.

Já aí os vemos, PSD e PS, a encenarem, com o apoio da comunicação social, divergências e desacordos.

A verdade é que, olhando para o que PSD e CDS propõem e o que PS apresenta no seu programa eleitoral, bem se pode concluir que, no que é estruturante e decisivo, difícil é encontrar diferenças.

Os mesmos compromissos com a UE, a mesma submissão aos constrangimentos externos, a mesma posição sobre o amarramento a uma dívida insustentável. Depois resta ou aquela diferença de ritmo: PSD e CDS propõem privatizar a 66%, o PS a 49%; uns propõem prolongar o roubo nos salários e pensões por 4 anos, o outro por 2 anos; uns admitem retirar a sobretaxa sobre o IRS em 3 anos, o outro em 2. É tudo uma questão de estilo: austeridade à bruta é a intenção de uns, austeridade inteligente contrapõe outro.

O que uns e outro ambicionam é perpetuar esta política desgraçada e que só desgraça a vida dos portugueses.

Não faltarão por aí as manobras do costume para iludir os eleitores procurando garantir que a política de direita continue, fingir que se muda para que tudo o que é decisivo continue na mesma.

Aí virá outra vez a mentira sobre a eleição para primeiro-ministro quando o que se decide é a eleição de deputados. Aí virá outra vez a mentira sobre “vocês não chegam lá”.

Tivemos aqui na Madeira um arrasador desmentido destas patranhas.

Foram 5 os votos que faltaram à CDU para eleger mais um deputado e, para com esse deputado a mais, retirar a maioria absoluta ao PSD.

Que melhor prova para cada um ver quanto o seu voto na CDU pode pesar, quanto pode contar quando unido a muitos outros. É o povo que decide. Está nas suas mãos optar entre quem os defende e quem lhes inferniza a vida. A CDU chegará onde os trabalhadores e o povo quiserem.

Como temos afirmado o País não está condenado ao declínio. Sim, há solução para os problemas nacionais. Há uma política alternativa que coloque como objectivos os direitos e condições de vida dos trabalhadores e do povo; sim, é possível, com a sua luta mas também com o seu voto, assegurar um outro caminho que rompa com o continuado rumo de desastre nacional; sim, podem contar com o PCP para dar expressão à ruptura com a política de direita e abrir caminho a uma política patriótica e de esquerda ao serviço de Portugal e dos portugueses.

Está nas mãos dos trabalhadores e do povo dar força, com o seu apoio ao PCP e o seu voto na CDU, à exigência de uma política que lhes devolva o direito à plena realização das suas vidas, que promova a melhoria das suas condições de vida e que faça a afirmação do seu direito soberano de decidir de acordo com os seus interesses e aspirações. A marcha nacional «a força do povo» todos à rua por um Portugal com futuro, será uma poderosa afirmação dessa força, da vontade, da confiança e possibilidades de cada um ser parte activa nesta exigência de ruptura e de construção de uma alternativa política.

É dando mais força ao PCP e à CDU, alargando a sua influência política e eleitoral que a construção da alternativa e a concretização da política alternativa ficará mais próxima. Sim, é dando mais força ao PCP e à CDU, que mais solidamente estarão garantidas as condições para defender, promover e afirmar os direitos do povo português.

Contamos também aqui na Madeira com esse apoio crescente nessa luta de todos.

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