Pergunta Escrita de João Ferreira no Parlamento Europeu

Execuções e assassinatos nas Honduras

Tendo em conta a situação nas Honduras e os desenvolvimentos mais recentes, nomeadamente:

- A tomada de posse de um presidente na sequência da realização de eleições, após um golpe de Estado e sem restituição prévia da legalidade democrático-constitucional, em circunstâncias que a própria UE reconheceu não permitirem a livre expressão da vontade popular;
- As denúncias de assassinatos de membros da Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado, entre os quais se contam: Marcos Acosta (39 anos); Kennet Rosa (23 anos); Gabriel Zelaya (34 anos); Roger Aguilar (22 anos); Isaac Coello (24 anos); Walter Trochez (25 anos); Santos Corrales, detido e torturado para que fornecesse informações sobre pontos de apoio da Resistência e, posteriormente, encontrado decapitado; Carlos Turcios, vice-presidente da secção de Choloma da Frente de Resistência, levado de sua casa no dia 16 de Dezembro e encontrado igualmente decapitado e sem mãos no dia seguinte;

Pergunto ao Conselho:

1. Tem conhecimento desta situação? Como a avalia?
2. Que implicações daqui retira relativamente ao futuro das relações entre a UE e as Honduras?
3. Como pode, neste quadro, o Alto Representante da UE para a política externa afirmar que espera que o mandato de Porfírio Lobo conduza a uma normalização das relações das Honduras com a UE?

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