Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Desenvolvimento da Política Comum de Segurança e Defesa na sequência da entrada em vigor do Tratado de Lisboa

Tal como temos vindo a alertar, e aqui está este relatório a consolidar esse caminho, com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a militarização da União Europeia será acelerada de forma ainda mais acentuada e a um ritmo mais rápido.

Tal como salientavam as alterações apresentadas pelo nosso grupo, as intervenções militares ou uma abordagem militar para resolver os conflitos para, alegadamente, estabilizar determinados países ou regiões, são o caminho errado, que em vez de os resolver, antes os aprofunda, como nos demonstra a actual situação na Líbia, no Afeganistão, no Iraque.

A militarização da UE não serve a nenhum povo. A transformação em curso da UE em pilar europeu da NATO faz parte de um processo de divisão internacional de zonas de influência, com a liderança dos EUA, na procura de garantir uma maior exploração da força de trabalho e o acesso e controlo sobre recursos naturais, cada vez mais escassos, nomeadamente hidrocarbonetos, e o controlo sobre os mercados.

O desenvolvimento da Política Comum de Segurança e Defesa é uma ameaça para a paz, um elemento de aprofundamento da política de ingerência, um contributo para a corrida aos armamentos, incluindo nucleares, para promover lucros fabulosos ao complexo industrial-militar da UE.

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