Comunicado do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Deputados do PCP no PE questionam Parlamento Europeu sobre despedimento de trabalhadores da Compass Group

Numa carta dirigida ao Presidente do Parlamento Europeu, ao Secretário Geral do Parlamento Europeu e à Directora-Geral das Infraestruturas e Logística, a deputada Sandra Pereira e o deputado João Ferreira, questionam sobre a situação que os trabalhadores da Compass Group estão a viver.

Esta empresa, com a qual o Parlamento Europeu assinou um contracto para a prestação de serviços de restauração e que tem dezenas de trabalhadores a trabalhar nas instalações do Parlamento Europeu, pretende despedir cerca de 550 trabalhadores e a carta enviada pretende aferir que impacto terá esta decisão para aqueles trabalhadores, ao mesmo tempo que defende um apoio extraordinário para os trabalhadores durante este período.

Os deputados do PCP pretendem com esta iniciativa chamar a atenção para a situação dos trabalhadores das instituições europeias, nomeadamente para os trabalhadores subcontratados que ali trabalham, e que verificam os seus direitos limitados e os seus rendimentos reduzidos.

CARTA
Presidente do Parlamento Europeu,
David Sassoli Secretário Geral do Parlamento Europeu,
Klaus Welle Directora-Geral das Infraestruturas e Logística,
Leena Maria Linnus

Temos estabelecido contacto em algumas ocasiões, dadas as situações relativas a trabalhadores das instituições da União Europeia cujos direitos vêm sendo desrespeitados.

Muitos trabalhadores enfrentam incertezas quanto ao regresso ao seu posto de trabalho nas instituições, e uma grande maioria encontra-se mesmo numa situação laboral precária.

Defendemos que um apoio extraordinário durante este período de crise é essencial para que, quando os seus serviços sejam novamente necessários, estejam disponíveis para retomar o bom funcionamento das instituições da União Europeia.

Lamentavelmente, fomos recentemente informados de que a Compass Group, empresa com a qual o Parlamento Europeu assinou um contrato para a prestação de serviços de restauração, pretende demitir cerca de 550 trabalhadores.

Com carácter de urgência gostaríamos de saber: . Se têm conhecimento desta situação, de que informações dispõem e como se posicionam perante este grave anúncio?

Quais são os termos do contrato estabelecido com esta empresa, em particular no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores?

Que contrapartidas financeiras, ou outras, esta empresa recebe do Parlamento Europeu para operar?

Com os melhores cumprimentos,

Sandra Pereira, Vice-Presidente da Comissão da EMPL

João Ferreira

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