Arruada no Barreiro dá mais força à CDU

Confiança num bom resultado eleitoral

Confiança num bom resultado eleitoral

No último dia de campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa participou, logo pela manhã, numa arruada que deu ainda mais vida e cor às ruas do Barreiro, terra com história de trabalho, resistência e luta, mas também com futuro. Ali estiveram muitas centenas de pessoas, homens e mulheres, autarcas, reformados, trabalhadores, desempregados, que deram mais força a quem acredita e luta por uma vida melhor num Portugal de justiça e de progresso.

O ponto de encontro foi no Pátio Albers, junto à Câmara Municipal. Unidos, aquele «mar de gente», rumou ao Parque Catarina Eufémia, gritando, de viva voz, «A CDU avança com toda a confiança». Por entre as muitas bandeiras da Coligação PCP-PEV, nas pancartas exigia-se a «valorização dos recursos» nacionais, só possível com o «trabalho, honestidade e competência» de quem apresenta «soluções para o País e para uma vida melhor».

Durante o percurso, interrompido por diversas vezes, sempre com mensagens de confiança, houve tempo para um moscatel de Palmela, oferecido ao Secretário-geral do PCP e a todos aqueles que ali se quiseram juntar. Interrogado pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa salientou que aquele magnífico vinho da região de Palmela, «premiado mundialmente, é a demonstração de que Portugal a produzir pode resolver os seus problemas».

Mais adiante, rodeado de câmaras e microfones, perante novas perguntas, falou daquela imensa «manifestação de apoio», que «nos dá confiança num bom resultado eleitoral» e «nos recarrega as pilhas para fazer o que tem que ser feito».

Chegados ao final do desfile, foram chamados por Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, todos os candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, assim como Pedro Silva, do Comité Central do PCP e responsável da Organização Concelhia do Barreiro, Margarida Botelho, candidata e membro da Comissão Política do PCP e responsável pela Organização Regional de Setúbal, Heloísa Apolónia, candidata e membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista «os Verdes», Francisco Lopes, dos Organismos Executivos do PCP e cabeça de lista por aquele distrito, e Jerónimo de Sousa.

Manifestação de apoio

Heloísa Apolónia foi a primeira a intervir, tendo valorizado aquela «grande manifestação de simpatia e de apoio à CDU», como outras que têm tido lugar «um pouco por todo o País». «Aquilo que precisamos de dizer até domingo, aos nossos vizinhos, amigos e familiares, relativamente à expectativa e ao futuro deste País, é que nós nunca traímos nenhum voto. Aquilo que dizemos é aquilo que fazemos. Connosco sabem com o que contar. Estamos cá para dar o nosso melhor e dar mais força para puxar este País para o lado certo», afirmou, sublinhando: «É tempo de votarem em nós, em quem trabalha de uma forma séria na Assembleia da República».

Tempo de acção

Por seu lado, Francisco Lopes referiu que, no último dia da campanha eleitoral, «é tempo de balanço, mas também de acção». «Temos que estar prevenidos relativamente àqueles para quem vale tudo», alertou, referindo em seguida: «pela nossa parte, levaremos até ao último minuto o esclarecimento e a mobilização para que ninguém falte com o seu voto na CDU».

O candidato disse ainda que o «desenvolvimento não tem que ser adiado» e que «é necessário mobilizar os recursos para a melhoria das condições de vida, para a criação de emprego e para as obras que são necessárias», como a ponte Barreiro-Lisboa, adiada pelo PS, PSD e CDS. «Não nos venham dizer que não há dinheiro, porque só em juros da dívida dava para fazer cinco pontes por ano», acusou.

Devolver o que foi roubado

Jerónimo de Sousa voltou a lembrar que «as eleições de 4 de Outubro são para eleger 230 deputados» e informou que uma das primeiras medidas a ser tomadas pelas forças que compõem a CDU será a devolução aos trabalhadores, aos reformados, ao povo, «de tudo aquilo que lhes roubaram durante os últimos quatro anos».

Na sua intervenção, o Secretário-Geral do PCP dirigiu-se ainda aos pequenos e médios empresários, garantindo-lhes, entre outras medidas, a revogação do Pagamento Especial por Conta, a baixa do IVA para a restauração, a facilitação de acesso ao crédito e o alívio da carga fiscal.
No final, destacou que o voto na CDU servirá para «criar condições para romper com este caminho de desastre e com esta política desgraçada que se acentuou nos últimos quatro anos», sendo por isso necessária «uma ruptura e uma mudança, um caminho novo, que devolva ao País o que é do País». «Temos consciência de que com o reforço da CDU a vida dos portugueses pode ficar melhor, que os problemas podem ser resolvidos, que Portugal tem futuro», concluiu.

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