Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Apresentação das Listas de Candidatos às Eleições Legislativas

Candidatos da CDU - Gente de verdade, trabalho, honestidade e competência

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Estamos aqui hoje, dia em que termina o prazo para a apresentação das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República para as eleições de 4 de Outubro próximo, após a apresentação das listas da CDU, Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV, em todos os círculos eleitorais do continente, das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e da emigração, na Europa e Fora da Europa, para dar a conhecer a composição global e as características das nossas listas.

Divulgamos a composição das listas de candidatos da CDU a deputados na Assembleia da República no seguimento de uma acção rigorosa e confiante.

O PCP e o PEV prestaram contas sobre o trabalho desenvolvido pelos seus grupos parlamentares na Assembleia da República, um trabalho notável e sem paralelo com qualquer outra força política.

Uma prática que, também na Assembleia da República e mais uma vez, comprova que o que dizemos e propomos para o futuro não são palavras que o vento leva, são compromissos que valem pelo seu valor próprio e valem porque correspondem ao compromisso de uma força política que faz o que diz e diz o que faz.

Caracterizámos a situação actual e apresentámos o nosso Programa, as soluções para o País, para uma vida melhor, para um Portugal com futuro. O povo português, todos os que queiram conhecer que existe um caminho de futuro para Portugal têm essa oportunidade. O PCP divulgou o seu Programa Eleitoral “Política patriótica e de esquerda – Soluções para um Portugal com futuro”, o PEV divulgou o seu Manifesto Eleitoral evidenciando que a Alternativa Ecologista é na CDU.

As listas que apresentamos não são apenas pessoas, são pessoas que assumem uma política e um projecto para o País, com compromissos e com valores.

Quando PSD, CDS-PP e PS que conduziram o País à degradação em que se encontra com a política de direita, agravada com os PEC e o Pacto de Agressão, procuram agora esconder as consequências da sua política de declínio nacional.

Quando o País está marcado por essa política de destruição do aparelho produtivo e da produção nacional, de corte no investimento público, de desemprego massivo, de emigração forçada, de aumento da exploração, de empobrecimento, de aprofundamento das injustiças e desigualdades sociais. Uma política de privatizações, de cortes na Administração Pública e nos serviços públicos, de ataque ao poder local, de subversão do regime democrático e de comprometimento da soberania nacional.

Quando PSD, CDS-PP e PS querem iludir o pacote de medidas de aprofundamento desta política que preparam após as eleições legislativas, caso tenham votos para isso, mais exploração, precariedade e ataque aos direitos dos trabalhadores, um brutal ataque aos reformados e pensionistas, às funções sociais do Estado e aos serviços públicos, à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde, à Escola Pública, à Cultura, ao Poder Local democrático, ao regime democrático e à soberania nacional.

Quando uns e outros tentam através de avaliações quantitativas dos seus falsos programas credibilizar uma política que rotundamente falhou e arruinou o País.

Quando tudo isto é a verdade da realidade do País que se opõe à encenação dos partidos responsáveis pela actual situação, a CDU, Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV, assume a necessidade da ruptura com o rumo de declínio nacional e aponta a solução.

A solução de uma política alternativa patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril, dando expressão e força ao projecto que está consagrado na Constituição da República Portuguesa.

Uma política e uma alternativa patriótica e de esquerda baseada: na renegociação da dívida, dos seus montantes, juros e prazos; na promoção e valorização da produção nacional e na criação de emprego; na recuperação para o controlo público de sectores e empresas estratégicas, designadamente do sector financeiro; na valorização dos salários, pensões e rendimentos dos trabalhadores e do povo; na defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, designadamente dos direitos à educação, à saúde e à protecção social, e à cultura; numa política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e das micro, pequenas e médias empresas e tribute fortemente os rendimentos e o património do grande capital, os lucros e a especulação financeira; na defesa do regime democrático e no combate à corrupção; na rejeição da submissão às imposições do Euro e da União Europeia, recuperando para o País a sua soberania, económica, orçamental e monetária.

Uma política de libertação dos trabalhadores, do povo e do País do domínio dos grupos monopolistas e da dependência externa. Possível e realizável com determinação e firmeza e com a força do povo.

Os candidatos das listas da CDU comprometem-se com este projecto de futuro para o País.

As listas da CDU, Coligação democrática Unitária, PCP-PEV, combinam experiência, provas dadas, renovação, rejuvenescimento e ligação à realidade do País.

Destaca-se a sua composição política em que, além dos membros do Partido Comunista Português e do Partido Ecologista «Os Verdes», os partidos que dão suporte à coligação, e da ID, Associação Intervenção Democrática que a integra, se contam 36 candidatos sem filiação partidária.

Destaca-se a participação de operários e outros trabalhadores oriundos das empresas e locais de trabalho, pescadores, agricultores, intelectuais e quadros técnicos, micro, pequenos e médios empresários, estudantes, garantindo a participação na Assembleia da República da expressão directa dos trabalhadores e seus interesses de classe, bem como de outros sectores e camadas sociais.

Destaca-se na composição etária das listas, a participação das várias faixas etárias, uma importante presença de jovens, com a maioria dos candidatos com menos de 50 anos, mas também com a participação de reformados, pensionistas e idosos.

Valoriza-se a renovação e o rejuvenescimento, já aliás expresso nos deputados eleitos em exercício na Assembleia da República, combinado com o caldeamento de experiências, um processo que poderá contar na próxima legislatura com mais deputados jovens na futura Assembleia.

Destaca-se a presença de mulheres nas listas. Desde logo como primeiras candidatas, as listas da CDU são encabeçadas por mulheres em oito círculos eleitorais, 36,4 % do total. Mas também nos primeiros lugares das listas com reflexos no número de mulheres deputadas e ainda na composição geral das listas em que as mulheres representam 42,7% dos candidatos.

Destaca-se a participação de quadros do movimento sindical e das comissões de trabalhadores, do movimento juvenil, do movimento dos reformados e pensionistas, das pessoas com deficiência, do movimento das mulheres, do movimento dos utentes dos serviços públicos, das comissões de utentes, do movimento associativo popular.

Destaca-se a participação de deputados eleitos na Assembleia da República e de muitos quadros eleitos autárquicos, testemunho do trabalho realizado que constitui um exemplo a valorizar.

Quadros experientes e dedicados, quadros capazes para fortalecer o Grupo Parlamentar do PCP e o Grupo Parlamentar do PEV. Quadros capazes pela sua experiência e capacidade para exercer todas as responsabilidades na Assembleia da República, no Governo se assim o povo português o entender para romper com a política de direita e concretizar uma política patriótica e de esquerda.

Temos provas dadas, como se vê nas autarquias locais e quem tem tantas provas dadas não só é capaz, como tem um contributo essencial a dar ao País.

Quadros preparados com capacidade, com experiência, com dedicação, com uma orientação e um compromisso exclusivo com os interesses dos trabalhadores e do povo.

Com o conhecimento dos problemas, a sensibilidade sobre eles e a determinação de agir para os resolver, para enfrentar com solidez e determinação a acção daqueles que querem continuar a promover a exploração, o empobrecimento, a destruição dos serviços públicos e o afundamento do País.

Quadros que assumem um compromisso com o interesse público. Que dizem a todos, olhos nos olhos, que não querem e não têm nenhum benefício material pelo facto de serem deputados, que assumem o princípio de não serem beneficiados nem prejudicados pelo exercício de cargos públicos, porque estão lá para servir os trabalhadores, o povo e o País e não para terem benefícios próprios. Que diferença! Que valor! Que força ética e política!

As eleições legislativas de 4 de Outubro são isso mesmo, eleições para deputados à Assembleia da República, em que vão ser eleitos 230 deputados, o voto de cada pessoa vai contar, cada voto na CDU contribui para eleger mais deputados que defendem os interesses dos trabalhadores e do povo e para reduzir o número de deputados eleitos pelo PSD, CDS-PP e PS.

O voto na CDU é o voto numa candidatura com provas dadas, assente numa política de verdade, trabalho, honestidade e competência, num projecto de futuro.

O voto que contribui para impor uma das maiores derrotas de sempre ao PSD/CDS-PP, para penalizar em conjunto PS, PSD e CDS-PP, os partidos responsáveis pela degradação da situação do povo e do País, para impedir as maiorias absolutas que alguns querem para prosseguir e aprofundar a política de exploração, empobrecimento e declínio nacional.

O voto que contribui para eleger mais deputados que na Assembleia da República dirão não a todas as malfeitorias contra os trabalhadores e o povo, que apresentarão e dirão sim às soluções necessárias à melhoria dos direitos e das condições de vida, que serão base de apoio à ruptura com a política de direita e à concretização da política patriótica e de esquerda que Portugal precisa.

Apresentámos as listas e bem podemos dizer:
Gente de verdade, trabalho, honestidade e competência
Gente de confiança
Gente séria
Por um Portugal com futuro

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