Consideramos que a resolução hoje votada sobre as alterações ao Acordo Schengen, espelha os objectivos de aprofundamento do Sistema de Informação Schengen, do Frontex e de toda uma política de imigração que se baseia fundamentalmente numa política securitária e na criminalização da imigração.

É particularmente grave que se insista no reforço da governação Schengen, quando conhecemos a situação em Lampedusa e todos os milhares de vítimas e de refugiados de conflitos e guerras em África que a própria União Europeia apoia. O que se impõe é maior cooperação e menos ingerência na vida interna desses países, é mais solidariedade, mais diálogo e menos recurso à intervenção militar.

Por outro lado, há uma insistência nas políticas comuns de asilo e migração, com o pretexto do combate à imigração ilegal e ao crime organizado, o que, pela experiência que temos com a directiva do retorno ou da vergonha, pode acabar em maiores atropelos aos direitos e garantias dos cidadãos, para além de limitar a soberania dos Estados-membros