Cronologias -Para que nunca mais aconteça Fascismo

 

FASCISMO PORTUGUÊS

SALAZAR DISCIPULO DE HITLER

 

1918

11 de Novembro — Assinatura do Armistício, após a capitulação da Alemanha.

Com o fim da guerra, uma situação revolucionaria estende-se por toda a Alemanha, O exemplo da Revolução de Outubro, 11 de Novembro de 1917), está presente e os conselhos de operários e de soldados espalham-se pelo país.

Em Novembro, Guilherme II abdica e é proclamada a República.

Friedrich Ebert, presidente do Partido Social-Democrata, assume a responsabilidade dos assuntos correntes da governação e estabelece um pacto com o general Groener com o objectivo de «repor a ordem» e fazer face à revolução socialista.

1919

Janeiro — lnsurreição revolucionária em Berlim, dirigida pela liga Spartakista. Os dirigentes comunistas Karl Liebknecht e Rosa Luxemburg são assassinados pelos «corpos francos» do governo.

18 de Janeiro — Início da Conferência de Paz no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Paris. Reunidos 70 delegados de 27 nações, sob a presidência do Presidente do Consclho francês Clemenceau. De facto, as decisões importantes são tomada em comité restrito por Clemenceau, pelo primeiro-ministro inglês Lloyd George e pelo presidente dos EUA, Wilson.

As potências vencidas e a jovem República Socialista Federativa Soviética Russa não são admitidas na Conferência.

Fevereiro — Na Alemanha, inicia-se o funcionamento da Assembleia Constituinte em Weimar. Friedrich Ebert, é eleito Presidente do Reich. Nasce a República parlamentar de Weimar.

28 de Abril — É criada em Versalhes a Sociedade das Nações: o seu regulamenti virá a ser parte integrante do tratado de paz de Versalhes assinado dois meses mais tarde.

7 de Junho — As condições de paz foram apresentadas à Alemanha. O ministro dos Negócios Estrangeiros Alemão tenta conseguir que algumas destas condições sejam atenuadas. Mas a 16 dc Junho os Aliados apresentam um ultimato exigindo a assinatura do tratado quase sem alterações. Perante a ameaça de um novo avanço das tropas aliadas em território alemão, a Assembleia Nacional do Reich dá o seu acordo à assinatura do tratado por maioria (237 votos a favor e 138 contra).

28 de Junho — Assinatura do Tratado de Versalhes pela Alemanha.

1920

O Senado dos EUA recusa a ratificação do Tratado de Versalhes. Na Alemanha, sucedem-se as crises políticas e a sitooaçào económica degrada-se. O general Von Seeckt é nomeado chefe das forças armadas.

Até 1930, a Alemanha respeitará, no essencial as restrições impostas pelo Tratado de Versalhes no plano militar. Mas sob a direcção de Von Seeckt, criará um exército profissional altamente disciplinado e eficaz, «apolítico» mas educado firmemente no militarismo e na perspectiva da revanche nacional. Esse exército de élite — «de chefes para o povo no momento de perigo», como o definiu Von Seeckt, virá a ser o núcleo de umas forças armadas à medida das necessidades do regime nazi.

1921

Os Estados Unidos da América assinam uma paz separada com a Alemanha e, simultaneamente, recusam a adesão à Sociedade das Nações.

Durante os anos 1921 e 1922 são assinados entre as potências imperialistas os acordos dc Washington que estabelecem a partilha imperialista da zona do Pacífico.

1923

Os Aliados exigem o pagamento das indemnizações de guerra. A França ocupa oRuhr e a Lituânia ocupa Memel.

Na Alemanha, em Agosto forma-se um governo de «grande coligação» dos partidos burgueses, dirigidos por Stresemann. Em Novembro falha o «putsch nazi» de Munique. Hitler, preso durante 8 meses, começa a escrever Mein Kampf. O marco estabiliza:1 dólar vale 4,2 marcos.

1925

Morte de Ebert. O marechal Hindenburg é o novo presidente do Reich.

1926

A Alemanha torna-se membro da Sociedade das Nações.

1927

Fim do controlo do desarmamento.

1928

Em Maio, nas eleições para o parlamento alemão (Reichstag), êxito dos sociais-democratas e dos comunistas, que obtêm 42% dos mandatos.

As relações franco-alemãs passam por um período de desanuviamento.

1929

O craque na Bolsa de Nova Iorque, em 24 de Outubro de 1929, marca o início de uma grande depressão e crise económica em todo o mundo capitalista.

A Primeira Guerra Mundial trouxera a ruína a toda a Europa e um quase completo desmoronamento da economia mundial e do comércio internacional. A partir de 1923, inicia-se um período de recuperação. Contudo, por detrás deste desenvolvimento estão já os sinais precursores da crise: grande desemprego, estagnação dos preços, corrida na Bolsa, recuo na produção agrícola, do carvão e da indústria têxtil e excessos de produção noutros sectores.

Ao contrário da Europa arruinada, os EUA conhecem no pós-guerra um período de «prosperidade»: o big business industrial e financeiro domina, acumulando fortunas colossais.

Os EUA são também os principais credores internacionais e, na América Central e do Sul, desenvolvem já uma política «intervencionista».

A crise iniciada em 1929 provocará na produção industrial norte-americana uma baixa de 54%. O número de desempregados nos EUA atingirá 15 milhões. Durante o Verão de 1930 a crise atingirá toda a Europa: falências em série, quedas dos preços. desemprego, desmoronamento do circuito dos meios de pagamento.

1930

Na Alemanha, em Março cai o governo social-democrata de Müller.

Em Abril, os Aliados completam a evacuação das suas tropas da margem esquerda do Reno. Hindenburg dissolve o parlamento e, nas eleições, o partido nazi obtém um grande sucesso, transformando-se na segunda força política parlamentar.

Entretanto a depressão atingiu duramente a Alemanha, a produção baixa de 50% e o número de desempregados atinge os 6 milhões.

1931

O Presidente dos EUA, Hebert Hoover concede uma moratória para as dívidas de guerra dos países europeus.

1932

Na Alemanha. Hindenburg é reeleito Presidente. Nas eleições para o Reichstag, vitória relativa do partido nazi e impasse parlamentar para a formação do governo. Novas eleições em Novembro enfraquecem a posição dos nazis que continuam, porém, a ser os mais votados.

A economia mundial recupera dificilmente. As políticas deflaccionistas restritivas mostram-se incapazes de resolver a crise. Os governos começam a recorrer a programas de trabalhos públicos, à nacionalização de empresas, ao fornecimento de créditos públicos às empresas e ao controlo dos preços e dos salários. Apesar do aumento progressivo da produção industrial (que atingirá em 1936 o nível de 1913) as tendências proteccionistas e as tensões internacionais impedirão um restabelecimento completo da economia capitalista antes do início da Segunda Guerra Mundial.

1933

Janeiro — Em 30 de Janeiro, Hindenburg nomeia Hitler para o cargo de chanceler do Reich. Presta juramento como chanceler e chefia um governo de coligação e União Nacional. Von Papen e Hugenherg são vice-chanceleres.

Fevereiro — Hitler suspende o Parlamento e adopta a lei dos Plenos Poderes.

Incêndio do Reichstag. Provocação organizada pelos nazis, que pretendem atribuir a autoria do incêndio aos comunistas. Iniciam-se as prisões em massa de comunistas.

Março — Em Portugal, com Salazar Presidente do Conselho de Ministros, é aprovada uma nova Constituição: criado o «Estado Novo», segundo o modelo fascista.

A Sociedade das Nações adopta o relatório Lytton, que considera ilegal a acção do Japão na Manchúria. O Japão abandona a Sociedade das Nações.

Abril — Realiza-se uma jornada anti-semita na Alemanha. Inicia-se a perseguição aos judeus. É criada a Gestapo e são abertos campos de concentração em toda a Alemanha.

Maio — Eranklin Roosevelt, eleito Presidente dos EUA em Novembro de 1932, inicia a política de New Deal que visa tirar os Estados Unidos da depressão económica.

Na Alemanha são proibidos os sindicatos operários.

Junho — A França, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha assinam em Roma o «Pacto dos Quatro», que visa o aperfeiçoamento da colaboração entre estes países no quadro da Sociedade das Nações.

Tem lugar em Londres uma Conferência Monetária Mundial, que termina num falhanço pois permanecem as divergências entre os apoiantes e os adversários do «padrão-ouro».

Julho

O regime hitleriano e a Igreja Católica assinam uma Concordata.

Ilegalizados os partidos políticos na Alemanha.

Setembro — Inicia-se em Leipzig o processo do incêndio do Reichstag. Dimitrov é o principal acusado no julgamento-farsa nazi.

Outubro — Segunda Conferência de Desarmamento Internacional. A proposta britânica de diminuição dos exércitos (a Alemanha só poderia ter 200 mil homens) é recusada. A Alemanha abandona a Sociedade das Nações.

Novembro — Os EUA reconhecem a URSS dezasseis anos depois da Revolução de Outubro.

Realiza-se na Alemanha, num clima de terror, uno plebiscito organizado pelos nazis. Hitler obtém 40 milhões de votos favoráveis e 2 milhões contrários.

Dezembro — É aprovada na Alemanha a Lei da Unidade do Partido e do Estado. O partido nazi torna-se um partido de Estado.

1934

Janeiro — A Polónia assina um Pacto de não agressão com a Alemanha sem consultar a França, país que garantia as suas fronteiras desde 1918. Este constituiu o primeiro grande golpe na política de alianças da França.

Fevereiro — Insurreição em Viena contra a ameaça fascista («Comuna de Viena») é reprimida e instaura-se a ditadura de Dollfuss.

Os Estados Unidos e a URSS restabelecem relações diplomáticas, devido à preocupação americana com a expansão japonesa no Extremo Oriente.

Pacto Balcânico entre a Jugoslávia, Grécia, Roménia e Turquia.

A CGT francesa convoca uma greve geral «em defesa das liberdades», que é apoiada por socialistas e comunistas, facto inédito desde 1920. Queda do governo de Daladier.

Abril — Dollfuss aprova nova Constituição para a Áustria baseada nos princípios do corporativismo.

Junho — Realiza-se o Congresso europeu antifascista em Paris.

«Noite das facas longas» na Alemanha. Hitler ordena o assassinato de Röhm, o chefe das SA, e dos seus mais próximos colaboradores. Outros adversários são liquidados. É criada a Gestapo, a policia nazi. Himmler é colocado à frente de todo o complexo repressivo nazi.

Putsch nazi na Áustria. O chanceler Dollfuss é assassinado. Sucede-lhe Schuschnigg.

Pacto de unidade entre os partidos comunista e socialista franceses.

Agosto — Morre o> onareebal Hindenburg. Hitler torna-se «Führer e Chanceler do Reich».

Setembro — A URSS entra na Sociedade das Nações.

Outubro — Insurreição operária nas Astúrias é reprimida por forças da Legião Estrangeira e coloniais do general Francisco Franco.

Fracasso das cinco campanhas (1930-1934) de Chang Kai-shek para submeter as forças comunistas chinesas, apesar do apoio de conselheiros militares alemães. Inicia-se a Longa Marcha (1934-1935) do exército vermelho liderado por Mao-Tsé-tung.

Novembro — Os nazis vencem por maioria esmagadora as eleições em Dantzig.

E criada na Alemanha a «Frente do Trabalho, que substitui os sindicatos, já então dissolvidos.

Dezembro — Conferência em Montreux dos partidos e movimentos fascistas.

O Japão denuncia os Acordos navais de Washington (1921-1922) que lhe limitavam o seu poderio naval a 315 mil toneladas.

1935

Janeiro — Acordo italo-francês assinado em Roma por Mussolini e Laval. Mão livre à Itália para intervir na Etiópia.

Plebiscito no Sarre. 90% dos votantes pronunciam-se pela reinserção na Alemanha.

Março — A Alemanha restabelece o serviço militar obrigatório. O Exército passará a ter 12 Corpos de Exército e 36 Divisões.

Aprovada uma Constituição autoritária na Polónia que suprime o sistema democrático parlamentar.

Maio — Assinado o Tratado de Assistência Mútua Franco-Sovétíco. Este tratado dirigia-se contra a Alemanha e foi completado por um Tratado de Assistência entre a URSS e a Checoslováquia, que obrigava a URSS a intervir em auxílio da Checoslováquia, assim que a França o fizesse.

Junho — Acordo naval entre a Inglaterra e a Alemanha, segundo o qual a frota alemã não deverá exceder 35% da inglesa. É no entanto estabelecida a paridade e em submarinos.

Julho — Tratado comercial entre os EUA e a URSS.

Realiza-se o VII Congresso da Internacional Comunista. Participam 65 partidos entre os 76 existentes.

Aprovada a política da Frente Popular (luta contra o fascismo em colaboração com os sociais-democratas).

O New Deal entra numa nova fase. É aprovado o National Labor Relations Act que reconhece os sindicatos, o direito à greve e a liberdade para os trabalhadores se organizarem. É igualmente aprovado o Social Security Act que cria a segurança social para os desempregados, os inválidos e os velhos.

Setembro — Leis de Nuremberga: é institucionalizada a discriminação e a perseguição aos judeus e não arianos.

Outubro — Sem declaração de guerra, a Itália inicia a agressão à Etiópia. A Sociedade das Nações declara que a Itália é o agressor e decreta sanções económicas mas os EUA continuam a fornecer-lhe petróleo e a Alemanha carvão.

Novembro — Insurreição no Nordeste brasileiro comandada por Luís Carlos Prestes, futuro secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro.

Dezembro — A Argentina, o Brasil e o Uruguai assinam um Pacto Anti-Komintern.

Armistício entre o Kuomintang (Chang Kai-shek) e o Japão, que consegue direitos especiais sobre a Mongólia interior.

1936

Fevereiro — Vitória eleitoral da Frente Popular em Espanha. Manuel Azaña torna-se Presidente da República.

Março — Hitler ocupa a Renânia. A Alemanha denuncia o Pacto de Locarno,

Tratado naval anglo-franco-americano.

Abril — Guerra civil na Palestina entre árabes e judeus.

Salazar cria o campo do Tarrafal.

Maio — Mussolini proclama o Império.

Vittorio Emmanuel torna-se imperador da Etiópia.

Vitória eleitoral da Frente Popular em França (386 lugares para a Frente Popular e 22 para a Direita)

O socialista Léon Blum forma governo com o apoio, mas sem a participação dos comunistas.

Julho — Acordo entre a Áustria e a Alemanha de colaboração recíproca.

A Sociedade das Nações revoga as sanções impostas a Itália a propósito da invasão da Etiópia.

O assassinato do deputado monárquico Calvo Sotelo marca o início da contra-revolução em Espanha. Os generais Franco, Sanjurjo, Mola e Queipo de Llano revoltam-se contra o governo da República. Início da guerra civil. Franco é nomeado Presidente da Junta de Defesa Nacional fascista.

Salazar declara apoiar Franco. Revolta dos Marinheiros em Lisboa: 10 marinheiros mortos, 60 marinheiros são condenados a 600 anos de prisão.

Agosto — O governo Léon Blum propõe uma política de «não intervenção» na guerra civil espanhola.

Realizam-se os Jogos Olímpicos de Berlim. O negro norte-americano Owens vence várias provas de atletismo, desmistificando as teorias racistas de Hitler.

Golpe de estado e ditadura do general Metaxas na Grécia.

As tropas marroquinas espanholas (afectas aos fascistas) passam o estreito de Gibraltar com o apoio da aviação italiana.

O Egipto torna-se independente, mas as tropas inglesas permanecerão durante vinte anos na zona do canal do Suez, segundo os termos do tratado anglo-egípcio.

Outubro — Franco proclama em Burgos a formação de um Estado nacionalista, corporativo e católico.

O governo republicano espanhol denuncia à Sociedade das Nações a intervenção armada da Itália e da Alemanha na guerra civil espanhola, ao lado dos fascistas. Formam-se as primeiras Brigadas Internacionais, constituídas por internacionalistas de todo o mundo, que vão combater em Espanha ao lado do governo legal da República.

Pacto de colaboração entre a Alemanha e a Itália.

Chegam ao Tarrafal os primeiros 150 presos políticos, entre eles Bento Gonçalves.

Novembro — A Itália e a Alemanha reconhecem o governo fascista de Franco.

Roosevelt é reeleito presidente dos EUA.

Pacto Anti-Komintern entre o Japão e a Alemanha.

Dezembro — Conferência interamericana de Buenos Aires. É assinado um tratado entre os 21 Estados americanos segundo o modelo do Pacto Briand-Kellog (não recurso à guerra para resolver os conflitos entre os Estados).

A URSS aprova uma nova Constituição.

Os comunistas franceses abstêm-se numa moção de confiança ao governo de Blum, pois não aprovam a sua política de «não intervenção», na guerra civil espanhola.

Chang Kai-shek é capturado pelas forças do Tung Pei. Cessam as campanhas anticomunistas do Kuomintang. Reinicia-se a colaboração entre o Kuomintang e o Partido Comunista Chinês contra o Japão.

1937

Janeiro — O Gentlemen's Agreement italo-britânico sobre o statu quo no Mediterrâneo.

Atentado à bomba contra Salazar.

Março — Batalha de Guadalajara. Vitória das forças republicanas sobre os fascistas.

Em Portugal, grande campanha de protesto contra a intervenção fascista em Espanha. Vaga repressiva contra o PCP.

Encíclicas do Papa Pio Xl contra o nacional-socialismo e o comunismo.

Abril — O Partido do Congresso (Gandhi e Nehru) vence as eleições na Índia.

Maio — Neville Chamberlain sucede a Baldwin na presidência do governo inglês.

Junho — Depuração no comando do Exército Vermelho.

Inicia-se a guerra entre a China e o Japão.

Julho — O Kuomintang e o PCC constituem uma Frente Única contra o Japão.

Agosto — Pacto de não agressão entre a URSS e a China.

Outubro — Roosevelt profere um discurso em Chicago em que afirma que perante a ameaça das ditaduras não é possível nenhuma neutralidade («Política de Quarentena»).

Novembro — Hitler desenvolve a tese da «conquista de um novo espaço vital por meio da força».

A Itália adere ao Pacto Anti-Komintern.

Xangai cai em poder dos japoneses.

«Estado Novo» no Brasil. Golpe de Estado de Getúlio Vargas. Constituição autoritária e legislação corporativa.

O Japão reconhece o governo do general Franco.

Dezembro — Os japoneses tomam Nanquim e massacram 100 mil chineses.

A Itália sai da Sociedade das Nações.

Os japoneses tomam Pequim e instalam um governo fantoche da República chinesa.

1938

Fevereiro — Hitler concentra todos os poderes nas suas mãos e cria o Comando Supremo da Wehrmacht (0KW), que substitui o antigo Estado-Maior.

Salazar reconhece oficialmente o governo de Franco.

O chanceler austríaco Schuschmigg encontra-se com Hitler na Alemanha. Os nacionais-socialistas austríacos são amnistiados e o seu líder, Arthur Seyss-Inquart, torna-se ministro do Interior.

Eden demite-se do governo inglês por não concordar com a política de «apaziguamento» em relação à Alemanha e à Itália.

Schuschmigg anuncia um referendo mas o Reich alemão faz um ultimato, Schuschmigg demite-se e forma-se um governo chefiado pelos nazi Seyss-Inquart.

Março — As tropas alemãs anexam a Áustria (Anschluss).

Abril — Cai o governo da Frente Popular em França. Daladier forma governo.

Junho — O governo checoslovaco aceita discutir a questão dos Sudetas com a minoria alemã liderada pelo pró-nazi Henlein.

Julho — Incidente de Novokiebsk. Combate-se durante um mês na fronteira entre a Manchúria e a União Soviética.

Setembro — Pacto de Munique em 30-9-1938. Hitler, Mussolíni, Daladier e Chamberlain decidem do futuro da Checoslováquia. Resultado: cedência dos Sudetas à Alemanha e desmembramento da Checoslováquia como Estado.

Novembro — Em 9-10 de Novembro realiza-se um pogrom anti-semita em toda a Alemanha (Noite de Cristal): 30 000 judeus são enviados para os campos de Buchenwald, Dachau e Sachsenhausen.

Reivindicações italianas sobre a Tunísia, o Djibuti e a Córsega. Tensão com a França.

Dezembro — Inicia-se a ofensiva franquista contra a Catalunha.

1939

Janeiro — Encontro entre Hitler e Beck, o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco.

Barcelona é ocupada pelas forças franquistas.

Fevereiro — Morte de Pio XI. Sucede-lhe Pio XII.

A Inglaterra e a França reconhecem o governo do general Franco.

Março — Entrada das tropas alemãs na Checoslováquia e criação do Protectorado) da Boémia-Morávia.

O Tratado de não agressão entre Portugal e Espanha.

A Alemanha ocupa Memel, na Lituânia.

A Espanha adere ao Pacto Anti-Komintern. O mesmo acontece com a Hungria e a Manchúria.

Abril — Fim da guerra civil espanhola.

Vitória dos fascistas.

A Itália ocupa a Albânia.

A Alemanha formula as suas exigências em relação à Polónia: incorporação de Dantzig na Alemanha e passagem com direitos de extraterritorialidade entre a Prússia Oriental e o resto do Reich. A Polónia recusa e rompe as negociações.

A Inglaterra e a França apoiam a Polónia.

Hitler denuncia o Tratado de Amizade com a Polónia e o Acordo Naval com a Inglaterra.

Maio — Litvinov é substituído por Molotov na chefia das Relações Externas da URSS.

A Espanha abandona a Sociedade das Nações.

«Guerra Secreta» no Extremo Oriente. Ataque japonês à Mongólia. Os combates entre os soviéticos e os japoneses prolongam-se até Agosto.

Molotov pede aos países ocidentais que passem das negociações comerciais às negociações políticas.

«Pacto de Aço» entre a Itália e a Alemanha

Na Alemanha, primeiro combóio de mulheres para o campo de Ravensbrück.

A Dinamarca assina um pacto de não agressão com a Alemanha.

Junho — A URSS propõe à França e Inglaterra um pacto de garantia automática para os países bálticos, a Polónia, a Turquia, a Grécia, a Holanda, a Bélgica e a Suíça. Os ingleses opõem-se.

O embaixador da URSS em Londres, Maiskij, convida o ministro dos Negócios Estrangeiros inglês a visitar Moscovo. O convite é aceite.

Julho — Retomadas as negociações anglo-franco-soviéticas, após a suspensão de 7 Junho.

Definição do acordo político anglo-franco-soviético. A URSS requer a negociação imediata de um acordo militar.

Os EUA denunciam o Acordo comercial com o Japão.

Acordo comercial entre a Alemanha e o Japão.

Agosto — Início das negociações militares anglo-franco-soviéticas. A missão militar inglesa é pouco representativa. As negociações falham no que respeita ao trânsito soviético em território polaco.

Acordo comercial entre a Alemanha a URSS.

Os franceses e ingleses dão garantias indirectas a Moscovo sobre o trânsito dos soviéticos na Polónia e Roménia. Molotov requer o assentimento claro desses países. A Polónia recusa.

Assinado o Tratado de Não Agressão Germano-Soviético.

A imprensa comunista é proibida em França.

A Inglaterra propõe à Alemanha negociações directas com a Polónia.

Derrota japonesa na batalha de Chalkagol no Extremo Oriente Soviético.

Setembro — A 1 de Setembro, a Alemanha invade a Polónia, sem declaração de guerra. Inicia-se a Segunda Guerra Mundial.

A Inglaterra e a França declaram guerra à Alemanha.

A Holanda, a Bélgica e a Suíça declaram-se neutros. O mesmo acontece com os EUA e o Japão.

O grande Conselho fascista proclama a «não beligerância da Itália».

A Áustria e a Nova Zelândia declaram guerra à Alemanha. O mesmo acontece com o Canadá e com a África do Sul, apesar da oposição da minoria nacionalista bóer, que é pro-nazi.

O governo britânico declara a Índia «país beligerante», apesar da oposição do Partido do Congresso.

A China declara a neutralidade.

O Canadá declara guerra à Alemanha.

Salazar declara a «neutralidade» na guerra entre «duas nações amigas», uma delas aliada.

Ofensiva japonesa na China. Derrota dos nacionalistas chineses na batalha de Changsha.

Acordo entre a URSS, o Japão e a Mongólia põe termo ao conflito de Chalkagol.

Conferência pan-americana do Panamá. Neutralidade das repúblicas americanas e instituição de um «cordão de segurança» no hemisfério ocidental (300 milhas da costa).

Ilegalização do Partido Comunista Francês.

Capitulação de Varsóvia.(27-9-1939)

Acordo germano-soviético sobre a demarcação das novas fronteiras.

Novembro — Os japoneses completam o bloqueio à China, ocupando o último porto em poder dos nacionalistas no golfo de Tonquim.

Dezembro — Inicia-se o conflito soviético-finlandês.

Projecto franco-inglês de enviar um corpo expedicionário para a Finlândia.

1940

23 de Fevereiro-19 de Março — Missão de Summer Welles na Europa. A tentativa de Roosevelt para uma mediação falha.

12 de Março — Tratado de paz sino-soviético

9 de Abril — Ataque nazi à Dinamarca e à Noruega.

10 de Maio — Ofensiva nazi na frente ocidental. Invasão da Holanda, Bélgica, Luxemburgo e ataque à França.

Churchill nomeado primeiro-ministro

16 de Maio — Roosevelt pede ao Congresso 800 milhões de dólares para as Forças Armadas.

20 de Maio-3 de Junho — Evacuação de Dunquerque, 235 mil ingleses e 115 mil franceses fogem ao cerco nazi e retiram para Inglaterra.

28 de Maio — Capitulação do exército belga.

5-12 de Junho — Batalha de França. Os alemães ocupam todo o território compreendido entre a Mancha e a Linha Maginot.

6 de Junho — Os comunistas franceses apelam ao governo para distribuir armas ao povo para a defesa do país.

7-9 de Junho — Capitulação da Noruega.

10 de Junho — Itália entra na guerra.

13 de Junho — A Espanha transforma a sua «neutralidade» em «não beligerância».

14 de Junho — Paris é ocupada pelos nazis.

Primeiro comboio de polacos para o campo de Auschwitz.

15 de Junho — Roosevelt decide a construção da bomba atómica.

16 de Junho — Churchill propõe uma aliança orgânica entre a França e a Inglaterra.

17-21 de Junho — A França aceita o armistício: o marechal Pétain forma governo.

Formação nas repúblicas bálticas de governos populares de esquerda.

18 de Junho — Apelo de De Gaulle aos franceses. Constitui-se o movimento França Livre, como primeiro passo para a Resistência na Europa.

22 de Junho — Armistício franco-alemão.

22-25 de Junho — A Alemanha ocupa as regiões costeiras da França, até aos Pirenéus.

1 de Julho — Pétain em Vichy. Início do regime colaboracionista. Plenos poderes a Pétain, com uma nova Constituição (10 de Julho).

16 de Julho — Hitler aprova o plano Leão Marinho para a invasão da Inglaterra.

31 de Julho — Cimeira nazi sobre os «planos de guerra» na frente oriental. Aumento do exército em 180 divisões.

3-6 de Agosto — Lituânia, Letónia e Estónia entram como repúblicas socialistas na URSS.

3-19 de Agosto — Tropas italianas ocupam a Somália inglesa.

Agosto-Outubro — Batalha de Inglaterra. A Luftwafe não consegue vencer a resistência inglesa.

17 de Agosto — Bloqueio global alemão ás Ilhas britânicas.

20 de Agosto — Estado de sítio na Inglaterra.

25-26 de Agosto — Primeiro bombardeamento inglês sobre Berlim.

30 de Agosto — O governo de Vichy autoriza o Japão a instalar-se na Indochina

3 de Setembro — Decreto anti-semita do governo Pétain.

17 de Setembro — Hitler adia o desembarque em Inglaterra.

18 de Setembro — Último grande ataque aéreo a Londres.

27 de Setembro — Pacto tripartido entre a Alemanha, a Itália e o Japão.

8 de Outubro — Churchill anuncia a conclusão) vitoriosa da batalha aérea sobre a Inglaterra.

12 de Outubro — As tropas alemãs entram na Roménia.

22 de Outubro — Encontro Hitler-Franco.

28 de Outubro — Agressão italiana à Grécia.

5 de Novembro — Roosevelt é reeleito pela terceira vez. As eleições americanas evidenciam uma forte corrente neutralista.

11 de Novembro — Manifestação antinazi em Paris.

20-24 de Novembro — Adesão da Hungria, Roménia e Checoslováquia ao Pacto Tripartido.

23 de Novembro — Insurreição popular no Vietname contra a ocupação japonesa.

8 de Dezembro — Contra-ofensiva inglesa na África Setentrional.

18 de Dezembro — Hitler aprova o Plano Barbarrosa.

1941

19 de Janeiro — Campanha inglesa contra a África Oriental italiana.

21 de Janeiro — Proibição em Inglaterra do jornal comunista Daily Worker.

9 de Fevereiro — A Alemanha anexa o Luxemburgo.

18 de Fevereiro — Acordo do monopólio IG-Farben com a direcção do campo de Auschwitz para a construção de fábricas com trabalho escravo.

11 de Fevereiro — Manifestação antinazi na Holanda.

1 de Março — A Bulgária associa-se ao Pacto Tripartido.

25-26 de Março — O governo reaccionário da Jugoslávia adere ao Eixo.

27 de Março — Conversações militares secretas entre os EUA e a Inglaterra.

Março-Abril — Vitórias do «Afrika Korps» de Rommel na África do Norte.

6 de Abril — Ataque alemão à Grécia.

9 de Abril-11 de Abril — Os EUA ocupam a Gronelândia sul-ocidental e alargam a sua faixa de segurança no Atlântico.

13 de Abril — Pacto de não agressão entre a URSS e o Japão com a duração de cinco anos.

17 de Abril — Capitulou o exército jugoslavo e começou a resistência popular, dirigida pelo partido comunista.

17-19 de Abril O Corpo Expedicionário britânico na Grécia inicia a retirada.

21 de Abril — Capitulação do exército grego.

5 de Maio — O Comité Central do PC jugoslavo decide a insurreição armada.

10 de Maio — Greve na zona industrial de Liége. Rudolph Hess, um dos líderes nazis, foge para Inglaterra.

15 de Maio — Apelo dos comunistas franceses para uma Frente de Libertação Nacional.

19 de Maio — Na Indochina, fusão dos grupos nacionalistas e comunistas na Liga para a Independência do Vietname.

20 de Maio-1 de Junho — Batalha pela conquista de Creta. Desembarque dos pára-quedistas alemães e evacuação dos ingleses.

26 de Maio-6 de Junho — Greve operária no Norte de França.

27-28 de Maio — Acordo de Paris entre a França de Vichy e a Alemanha nazi para a colaboração militar.

8 de Junho-24 de Julho — As forças da França Livre, com o apoio inglês, ocupam a Síria e o Líbano.

18 de Junho — Pacto de não-agressão entre a Alemanha e a Turquia.

22 de Junho — Agressão nazi à URSS. A Itália e a Roménia apoiam Hitler Declaração de apoio de Churchill à URSS na guerra contra a Alemanha.

22 de Junho — Batalha de fronteira. As forças alemãs ocupam um vasto território de Riga a Leopoli. Resistência soviética em Brest-Litovsk.

23 de Junho — Os EUA declaram o seu apoio à URSS.

26 de Junho — A Finlândia retoma a guerra contra a URSS.

27 de Junho — A Hungria declara guerra à URSS.

A França de Víchy rompe as relações diplomáticas com a URSS.

Início de resistência na Bulgária.

1 de Julho-21 de Agosto — Ataque à Linha Stáline. O exército nazi avança até á Linha Leninegrado — Região de Moscovo-Ucrânia-Crimeia.

7-13 de Julho — Insurreição na Jugoslávia, encabeçada por Tito.

10 de Julho-l0 de Setembro —Batalha pela defesa de Smolensk.

12 de Julho — Acordo anglo-soviético de colaboração.

13 de Julho — Grande rebelião antinazi-fascista na Sérvia e Montenegro, ferozmente reprimida.

18 de Julho — O CC do PCUS decide organizar a resistência armada na retaguarda nazi (em territóríos soviéticos ocupados

22 de Julho — Bombardeamento nazi sobre Moscovo.

24-27 de Julho — O Japão ocupa a Indochina Meridional.

29 de Julho-1 de Agosto — Missão Hopkins, é enviada por Roosevelt a Moscovo.

30 de Julho — Acordo soviético-polaco. É assinado com o governo polaco no exílio, na Inglaterra, um acordo para a reconstituição das forças armadas polacas em território russo.

4 de Agosto-16 de Setembro — Defesa de Odessa.

14 de Agosto — E assinada entre Churchill e Roosevelt a Carta Atlântica.

16 de Agosto — Acordo anglo-soviético de comércio e crédíto.

29 de Agosto — Declaração italo-germânica sobre «A Nova Ordem» na Europa.

3 de Setembro — Primeiro extermínio em massa nas câmaras de gás de Auschwitz.

8 de Setembro — Cerco de Leninegrado. Prolonga-se até ao fim de 1943.

8-14 de Setembro — Unificam-se os grupos combatentes albaneses.

16 de Setembro — Trezentos oficiais soviéticos, prisioneiros de guerra, são massacrados em Buchenwald.

17 de Setembro — Instrução militar generalizada na URSS.

24 de Setembro — Conferência interaliada em Londres. A URSS aprova a Carta Atlântica. j

27 de Setembro — A URSS reconhece o movimento França 1ivre

29 de Setembro-1 de Outubro- Conferência de Moscovo entre a URSS, os EUA e a Inglaterra para discutir os fornecimentos militares recíprocos.

6 de Outubro — Manifestação anti-fascista em Budapeste.

17 de Outubro — Greve operária em Praga.

19 de Outubro — Estado de sítio em Moscovo.

25 de Outubro — Karkov é ocupado pelas tropas nazis

30 de Outubro — Cerco de Sebastopol (até 4 de Julho de 1942).

Apelo para a união do povo italiano contra o fascismo lançado pelos partidos de esquerda.

7 de Novembro — A lei de «prestação e troca de serviços e assistência» dos EUA é alargada á URSS.

9 de Novembro — Conclui-se a evacuação da indústria soviética para a zona dos Urais.

16 de Novembro-5 de Dezembro — Batalha nos arredores de Moscovo. A luta resolve-se com a vitória dos soviéticos, que afastam o exército nazi.

29 de Novembro — As tropas soviéticas retomam Rostov.

7 de Dezembro — O Japão ataca os EUA, em Pearl Harbour.

8 de Dezembro — O exército nazi na URSS (frente sul) passa à defensiva no Inverno. Vários países da América Latina rompem relações com o Japão.

11 de Dezembro — A Alemanha e a Itália declaram guerra aos EUA.

16-17 de Dezembro — Missão de Eden (ministro dos Negócios Estrangeiros de Inglaterra) a Moscovo.

17 de Dezembro — Austrália e Nova Zelândia ocupam a zona portuguesa de Timor.

29 de Dezembro — Decisão de utilizar os detidos dos campos de concentração para experiências sobre o tifo.

1942

1 de Janeiro — Declaração de Washington das Nações Unidas. Luta contra os estados fascistas (26 Estados aderem).

13 de Janeiro — Deliberação em Londres dos governos antifascistas: punição dos criminosos de guerra.

21 de Janeiro-l0 de Fevereiro — Ofensiva italo-alemã na África do Norte. Rommel reconquista a Sirenaica. As forças britânicas resistem em Tobruk.

Janeiro — Ofensiva geral do Japão no Sudeste asiático.

15 de Março — Manifestação antifascista em Budapeste.

5 de Abril — Ordem de Hitler para a acção contra Stalinegrado.

12 de Abril — Greve em Atenas e no Pireu.

18 de Abril — Os EUA bombardeiam Tóquio e outras cidades industriais do Japão.

30 de Abril — Definição legal do papel económico dos campos de concentração (exterminação pelo trabalho).

27 de Maio — Na Checoslováquia é assassinado o representante nazi Heydrich. Os nazis, como represália, destroem Lídicc e massacram toda sua população.

30 de Maio — É constituído o estado-maior do movimento de resistência russo.

30-31 de Maio — Bombardeamento de Colónia. Começa a ofensiva aérea inglesa contra o Reich.

4-7 de Junho — Batalha de Midway, primeira derrota frota japonesa.

11 de Junho — Tratado de assistência militar em Washington entre os EUA e a URSS.

2 de Julho — Queda de Sebastopol.

18-25 de Julho — Os anglo-americanos adiam o desembarque na Europa. É decidido o desembarque na África Setentrional.

17 de Julho — Começa a Batalha de Stalinegrado. A luta trava-se na cidade. Em 19 de Novembro começou a contra-ofensiva soviética.

22 de Julho-13 de Setembro — Deportação dos judeus do ghetto de Varsóvia.

23 de Julho — Começa a funcionar o campo de extermínio de Treblinka.

24 de Julho — Os alemães ocupam Rostov.

25 de Julho-31 de Dezembro — Ataque alemão e batalha defensiva soviética, na frente do Cáucaso,

28 de Julho — Na URSS ordem de suspender a retirada. É denunciada a ameaça na parte sul da frente.

Julho — Retomada, em Itália, a publicação do Unitá, órgão do PCI.

7 de Agosto — Desembarque americano em Guadalcanal.

12-15 de Agosto — Conferência de Moscovo entre Churchill e Stáline.

19 de Agosto — Fracasso do desembarque anglo-canadiano cm Dieppe.

23 de Agosto — Bombardeamento aéreo maciço sobre Stalinegrado.

21-27 de Setembro — Missão americana em Moscovo. Colocada de novo a questão da «segunda frente»..

22 de Outubro-5 de Novembro —Batalha de El-Alamein. As forças do Eixo, são derrotadas e começam a retirada.

Outubro — Greve ferroviária no Quénia, organizada pelos sindicatos africanos.

6 de Novembro — Stáline denuncia publicamente a não abertura da segunda frente pelos Aliados ocidentais.

9-12 de Novembro — As tropas alemãs e italianas invadem a França de Vichy e a Tunísia.

19-23 de Novembro — O Exército Vermelho cerca a força alemã a sul do Volga.

25 de Novembro — Acordo PCF-De Gaulle: programa comum para a insurreição nacional.

27 de Novembro — Início das experiências sobre detidos em Auschwitz.

11 de Novembro — Ofensiva soviética na região do Don.

1943

13 de Janeiro — Mobilização total na Alemanha.

18 de Janeiro — Os soviéticos rompem o cerco a Leninegrado.

2 de Fevereiro — Vitória de Stalinegrado. Rendição do exército de Von Paulus.

8-14 de Fevereiro — Avanço soviético na frente sul, de Kursk a Rostov.

5 de Março — Manifestação de 250 mil pessoas em Atenas contra o serviço obrigatório do trabalho imposto pelos alemães.

Março — Greve no triângulo industrial, na Itália.

14 de Março — Contra-ofensiva alemã na bacia do Donetz. Von Manstein reconquista Karkov.

19 de Abril — Insurreição no ghetto de Varsóvia.

25 de Abril — Ruptura de relações entre a URSS e o governo polaco no exílio.

11-19 de Maio — Encontro Roosevelt-Churchill, em Washington.

15 de Maio — Conselho Nacional da Resistência, em França.

10 de Junho — Dissolução da Internacional Comunista.

10 de Julho — Desembarque anglo-americano na Sicília.

12 de Julho — Reinício da ofensiva soviética. O avanço, atravessando várias fases, só terminará em Berlim.

12-13 de Julho — Comité Nacional Alemanha Livre constituído em Moscovo por Von Paulus.

22 de Julho — Constituição do Comité Popular Polaco de Libertação que assume funções de governo.

24 de Julho — Desagregação do regime fascista em Itália.

25 de Julho — Queda de Mussolini.

25 de Julho-3 de Agosto — Bombardeamento de Hamburgo. Começa a maciça presença anglo-americana nos céus da Alemanha.

12-24 de Agosto — Conferência de Quebeque. Churchill defende a abertura de uma frente nos Balcãs. Acordo para a produção da bomba atómica.

23 de Agosto — Os soviéticos libertam Karkov.

29 de Agosto — Greve geral na Dinamarca contra o estado de sítio proclamado pelos nazis.

8 de Setembro — Armistício de Itália. Reacção da Alemanha que ocupa o país até Roma. Desembarque anglo-americano na Itália do Sul.

9 de Setembro — Constitui-se o Comité de Libertação Nacional da Itália.

16 de Setembro — Constitui-se o Conselho de Liberdade na Dinamarca.

23 de Setembro — Mussolini e os fascistas organizam na Itália Central e do Norte a «República social. (Salo).

23 de Setembro — O exército verme1ho liberta Smolensk.

13 de Outubro — A Itália declara guerra à Alemanha.

19-30 de Outubro — Conferência tripartida anglo-americano-soviética em Moscovo.

28 de Novembro-1 de Dezembro —Conferência de Teerão: EUA, URSS e Inglaterra. É decidido o desembarque

Novembro-Dezembro — Continua o avanço soviético do Báltico ao mar Negro. Bombardeamentos maciços anglo-americanos sobre a Alemanha.

24 de Dezembro — Início da ofensiva soviética da Ucrânia.

1944

14-27 de Janeiro — Ofensiva soviética na frente norte, de Leninegrado a Novgorod.

24 de Janeiro-12 de Maio — Ofensiva soviética na frente sul. Libertada a Ucrânia Ocidental e a Crimeia.

Janeiro — O governo alemão deliberou empregar 4 milhões de trabalhadores estrangeiros na indústria bélica.

1 de Março — Greve geral antifascista na Itália do Norte.

26 de Março — As tropas soviéticas atingem a fronteira com a Roménia.

4 de Abril — O PCF entra no Comité de Libertação Nacional.

8 de Abril — As tropas soviéticas chegam à fronteira da Checoslováquia.

21 de Abril — Governo de coligação antifascista na Itália: o primeiro na Europa com participação comunista.

6 de Junho — Desembarque anglo-americano na Normandia.

20 de Junho — Bloco Democrático Nacional na Roménia, com a participação do Partido Comunista.

22 de Junho — Manifestação e greves antifascistas na Dinamarca.

23 de Junho-5 de Julho — Avanço soviético na Bielorrússia. Libertação de Minsk.

10 de Julho-22 de Outubro — Ofensiva soviética nos países bálticos.

20 de Julho — Atentado do coronel Von Stauffenberg contra Hitler. O Exército Vermelho entra na Polónia

21-22 de Julho — Comité popular polaco de libertação, com funções de governo.

22 de Julho — Acordo de Bretton-Woods. As Nações Unidas promovem a criação do FMI e do BIRD.

31 de Julho-8 de Agosto — A força de invasão aliada ultrapassa a linha de resistência nazi, em França.

13 de Agosto-7 de Outubro — Ofensiva soviética contra a Roménia e os Balcãs.

16 de Agosto — Tratado entre a Finlândia e a URSS.

18 de Agosto — Insurreição de Paris. Assassinato de Ernst Thälman, dirigente do Partido Comunista Alemão, em Buchenwald.

26 de Agosto — EUA e Inglaterra reconhecem o governo de De Gaulle como único governo francês.

29 de Agosto — Insurreição na Eslováquia.

30 de Agosto — O Exército Vermelho entra em Bucareste.

3 de Setembro — Os ingleses entram em Bruxelas.

6 de Setembro — Decreto sobre a reforma agrária na Polónia.

9-11 de Setembro — Insurreição em Sófia, Governo de frente patriótica.

16 de Setembro — As tropas soviéticas encontram-se com o exército de libertação jugoslavo.

9-20 de Setembro — Conferência tripartida de Moscovo sobre a questão da Polónia e das suas fronteiras.

Outubro — Revolução democrática na Guatemala.

31 de Outubro — Greve geral na Argentina.

7 de Novembro — Roosevelt reeleito presidente.

10 de Dezembro — Tratado de aliança entre a URSS e a França.

1945

12 de Janeiro — Proclamação da República Popular Albanesa.

12 de Janelro-7 de Fevereiro — O Exército Vermelho liberta Varsóvia e fica a 80km de Berlim.

Janeiro — Greve geral e insurreição contra o domínio britânico no Uganda.

4-11 de Fevereiro — Conferência de Yalta. Acordo entre Stáline. Roosevelt e Churchill sobre a organização das Nações Unidas, sobre a Alemanha e a Polónia e sobre a intervenção soviética contra o Japão.

Fevereiro — Conferência mundial dos sindicatos, em Londres.

10 de Março — Negociações cm Moscovo sobre a Polónia, entre o comité de libertação, o governo de Londres e a URSS

27 de Março — Insurreição popular na Birmânia contra a ocupação japonesa.

1 de Abril — Batalha pela conquista de Okinawa. Grande resistência japonesa ao desembarque americano.

11 de Abril — Revolta dos prisioneiros no campo de concentração de Buchenwald.

16 de Abril — Ofensiva soviética sobre Berlim.

23-25 de Abril — Insurreição na Itália do Norte.

25 de Abril-16 de Junho — Conferência de São Francisco. Carta e estatuto das Nações Unidas aprovados por 50 países.

28 de Abril — Mussolini é preso o e fuzilado por guerrilheiros antifascistas.

30 de Abril — Suicídio de Hitler, em Berlim.

2 de Maio — O Exército Vermelho toma Berlim.

5-9 de Maio — Libertação de Praga.

7-9 de Maio — Capitulação da Alemanha. Fim da guerra na Europa.

17 de Julho-2 de Agosto — Conferência de Potsdam. Acordo entre Truman, Churchill e Stáline sobre a linha de demarcação entre a Alemanha e a Polónia e intimação de rendição ao Japão.

6-9 de Agosto — Bombardeamento atómico de Hiroxima e Nagasáqui.

8 de Agosto — Declaração de guerra da URSS ao Japão nos termos do acordo de Yalta.

9-22 de Agosto — Ocupação soviética da Manchúria.

14 de Agosto — Capitulação do Japão.

2 de Setembro — Fim da Segunda Guerra Mundial.

25 de Setembro-8 de Outubro — Federação Sindical Mundial: constitui-se na Conferência de Paris. Aderem os sindicatos ingleses, soviéticos, da Europa Ocidental, da América do Norte, da China e da América Latina.

20 de Outubro — Processo de Nuremberga contra os criminosos nazis.

25 de Outubro — Revolução na Venezuela. Vitória da Acção Democrática. Início de um período de reformas.

29 de Outubro — Queda de Getúlio Vargas no Brasil

6 de Novembro — Recontros na Indonésia entre tropas nacionalistas e as tropas ocupantes britânicas.

13 de Novembro — Declaração anglo-americana sobre o segredo atómico.

29 de Novembro — Proclamação da República Federativa da Jugoslávia.

10 de Dezembro — Após a queda do governo Pani, em Itália, De Gasperi assume a direcção do governo.

15 de Dezembro — Missão do general Marshall na China.

21 de Dezembro — Os ingleses confiscam as minas do Rur.

1946

10 de Janeiro — Primeira Assembleia Geral da ONU em Londres. Spaak é o presidente.

20 de Janeiro — O general De Gaulle abandona o governo.

1 de Fevereiro — Proclamação da Republica da Hungria.

24 de Fevereiro — Peron é eleito presidente da Argentina.

5 de Março — Discurso de Fulton. Pronunciado por W. Churchill na presença de H. Truman. Assinala o início da «guerra-fria» e da política da «cortina de ferro» contra a URSS e o comunismo.

16 de Março — O governo trabalhista inglês reconhece o direito da Índia á independência.

22 de Março — Independência da Transjordânia.

Junho — Guerra civil na China.

2 de Junho— A monarquia cai em Itália, por referendo popular.

4 de Julho — Independência das Filipinas. Os EUA conservam 26 bases navais.

15 de Setembro — Proclamação da República Popular da Bulgária.

27 de Setembro — Inicia-se a guerra civil na Grécia.

1 de Outubro — Sentenças do Tribunal de Nuremberga.

23 de Novembro — Inicia-se a guerra de Libertação da Indochina, após o bombardeamento francês de Hai Phong; Dimitrov dirige o governo búlgaro.

25 de Dezembro — O Exército Vermelho chinês passa á ofensiva.

1947

17 de Janeiro — Governo da coligação dos comunistas e socialistas na Polónia.

4 de Março — Tratado de Dunquerque: aliança franco-ínglesa.

12 de Março — Truman promete ajuda e protecção à Grécia e á Turquia numa perspectiva anti-soviética e «ocidental».

30 de Março — Revolta nacional em Madagáscar. Os colonialistas franceses massacram 70 mil pessoas.

7 de Abril — O Estado de Nova Iorque ilegaliza o Partido Comunista.

10-24 de Abril — Conferência de Moscovo. Ruptura definitiva entre a URSS e as potências ocidentais a propósito do tratado de paz com a Alemanha.

3 de Maio — Nova Constituição no Japão, segundo o modelo da americana.

5 de Maio — Os comunistas saem do governo francês.

13 de Maio — Os comunistas e os socialistas saem do governo italiano.

5 de Junho — Plano Marshall. Proposta do secretário de Estado dos EUA para a reconstrução da Europa.

Agosto — Desenvolvimento da guerrilha comunista na Grécia e primeiros recontros com as tropas inglesas e governamentais.

15 de Agosto — Independência da Índia. Nehru é primeiro-ministro.

30 de Setembro — Fundação do Komintern.

Novembro — Conflito entre a Índia e o Paquistão, por causa de Caxemira.

19 de Dezembro — Cisão sindical em França

24 de Dezembro — Governo revolucionário na Grécia, dirigido por Marcos Vapliadis.

25 de Dezembro — Reforma Agrária na China vermelha. Mao Tsé-tung prevê a vitória para 1949.

1948

4 de Janeiro — Independência da Bírmânia.

30 de Janeiro — Assassínio de Gandhi.

20-26 Fevereiro — Revolução na Checoslováquia. Movimento de massas em Praga e constituição de um governo de socialistas e comunistas.

29 de Fevereiro — Massacre de Ancara. Repressão britânica sobre populares. Nkrumah assume a direcção do movimento independentista.

9 de Abril — Insurreição na Colômbia. Guerra civil entre as forcas democráticas e a oligarquia.

30 de Abril — Carta de Organização dos Estados Americanos.

9 de Maio — A Checoslováquia aprova uma nova Constituição, que a transforma em democracia popular.

14 de Maio — Nasce o Estado de Israel.

28 de Junho — A Jugoslávia abandona o Kominform.

14 de Julho — Atentado contra Togliatti em Roma. Greve geral nacional com aspectos insurreccionais.

20 de Julho — Perseguições anticomunistas nos EUA.

26 de Julho — Cisão sindical em Itália.

15 de Agosto — Independência da Coreia do Sul, zona ocupada pelos americanos

12 de Setembro — Independência da Coreia do Norte.

2 de Novembro — Truman reeleito presidente dos EUA.

9 de Novembro — O Exército Vermelho chinês ultrapassa a Grande Muralha e avança para Pequim.

12 Dezembro — O Partido Operário Unificado Polaco (POUP) surge da fusão dos partidos comunistas e socialistas.

1949

22 de Janeiro — O Exército Vermelho chinês toma Pequim.

24 de Janeiro — Constituição do COMECON, Conselho de Ajuda Mútua Económica entre a URSS e entre a URSS e as democracias populares.

31 de Março Ofensiva guerrilheira na Grécia, Macedónia.

4 de Abril — Tratado do Atlântico Norte. Assinado em Washington pelos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Portugal, França, Itália, Bélgica, Holanda, Luxembrugo, Dinamarca, Noruega e Islândia.

23 de Abril — Os comunistas chineses entram em Nanquim.

8 de Maio — Proclamação da Alemanha Federal.

13 de Julho — A Igreja Católica decreta a excomunhão dos comunistas e dos «filocomunistas», através de um decreto do Santo Ofício.

14 de Julho — Primeira explosão nuclear soviética.

15 de Setembro — Konrad Adenauer chanceler da RFA.

21 de Setembro — Proclamação da República Popular da China. Mao Tsé-tung é presidente e Chou En-lai primeiro-ministro.

11 de Outubro — Proclamação da República Democrática Alemã.

16 de Outubro — Derrota das forças guerrilheiras progressistas na Grécia

21 de Outubro — Condenação de destacados comunistas nos EUA.

21 Novembro — A ONU vota a independência da Líbia.

28 de Novembro — Constituição da Confederação Internacional dos Sindicatos Livres.

8 de Dezembro — Chang Kai-shek refugia-se na ilha de Taiwan, sob a protecção dos EUA.

FASCISMO PORTUGUÊS

1933

A imprensa fascista portuguesa saúda a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha.

1936

Em Espanha, Franco inicia a guerra contra o governo republicano. Salazar declara o seu apoio a Franco (Julho).

O fascismo português cria e envia para Espanha forças militares que intervêm na Guerra Civil em apoio das tropas fascistas (Viriatos).

Pelas fronteiras portuguesas começa a entrar o auxílio alemão e italiano aos fascistas espanhóis.

Revolta dos marinheiros dos navios de guerra Dão, Bartolomeu Dias, Afonso de Albuquerque, organizada pela ORA (Organização Revolucionária da Armada). Dez marinheiros foram mortos, 60 condenados a penas somando 600 anos de prisão, e deportados para o Tarrafal (Setembro).

1936-1937

Desenvolve-se em Portugal uma grande campanha de protesto contra a intervenção fascista em Espanha e de solidariedade aos democratas espanhóis e à República espanhola.

Milhares de portugueses vão lutar em Espanha nas fileiras do Exército Republicano e nas Brigadas Internacionais (onde morreram 83 portugueses).

1938

A saudação nazi é de moda. Dirigentes nazis visitam constantemente Portugal. Realizam-se em Lisboa confraternizações com a presença da «juventude hitleriana».

Salazar em discurso manifesta e elogia «o espírito de colaboração» das potências ocidentais por terem consentido que Hitler anexasse a Áustria.

Salazar elogia o acordo de Munique entre Hitler e Mussolini, Daladier e Chamberlain, saudando «a indiscutível glória de Chamberlain».

Salazar reconhece oficialmente o governo de Franco (12 de Maio).

1939

Campanha do PCP contra a preparação da guerra imperialista.

Assinatura do Pacto Ibérico, entre Franco e Salazar (17 de Março).

A Alemanha invade a Polónia, é o início da Segunda Guerra Mundial (1 de Setembro).

Salazar declara a «neutralidade» naquilo que considera um conflito entre «nações amigas e uma delas aliada». Mas Salazar vai colaborar intensamente com Hitler.

1941

Na Costa da Caparica, Alhandra, Sines, Famalicão, etc., funcionam emissores nazis, com o apoio da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), designadamente para auxílio às operações dos submarinos nazis.

O trust alemão Vermistestahlwerke, ligado a capitais americanos, apodera-se do ferro de Moncorvo.

O Diário da Manhã ataca a apresentação em Portugal da peça teatral Israel de Henry Bernestein, que considera «um notório judeu e amigo da Rússia» (Junho)

1942

Realizam-se por todo o país importantes lutas de camponeses contra o envio de géneros para a Alemanha e várias marchas da fome.

Salazar visita Franco — encontro de Sevilha (Fevereiro de 1942).

Salazar critica publicamente os acontecimentos dos EUA e da Inglaterra com a URSS preferindo a inegável perturbação dos espíritos causada pela aliança anglo-russa e a dolorosa inquietação que se pressente por toda a parte... (Junho).

A Emissora Nacional inicia a «Campanha anti-comunista», dirigida por Costa Leite (Lumbralles).

Formação da aliança fascista do Bloco Ibérico, entre os ditadores Franco e Salazar (Dezembro).

1943

O governo de Salazar toma medidas para aumentar o fornecimento de volfrâmio à Alemanha nazi. Várias grandes minas passam para as mãos dos alemães (Janeiro-Março).

Salazar compra à Alemanha armas no valor de 30 milhões de marcos.

O governo hitleriano oferece à Mocidade Portuguesa carabinas para serem utilizadas em «manifestações políticas».

Os fascistas italianos negoceiam a compra em Portugal de 130 canhões.

O PCP propõe um programa de 9 pontos para a «constituição da unidade nacional» de todas as organizações, grupos, individualidades antifascistas e patriotas (Março).

O Avante! Denuncia a manobra de uma possível «reviravolta» de Salazar para o lado da Inglaterra, para salvar o regime (Maio).

No Norte do país organizam-se várias marchas de fome e manifestações exigindo a distribuição de géneros alimentares ao preço da tabela.

Uma delegação militar portuguesa desloca-se à Alemanha hitleriana para comprar blindados para a polícia e a GNR.

Uma missão militar portuguesa visita os EUA. Salazar prepara a mudança de campo (Julho-Agosto).

Salazar faz uma parada militar, em Lisboa, exibe um poderoso armamento e em nota oficiosa o governo salazarista ameaça: «tanto podem ter de servir contra inimigos externos como contra os veículos internos de desagregação nacional (2 de Setembro).

1944

É anunciada a criação do Conselho Nacional de Unidade Antifascista, mais tarde designado por MUNAF (Movimento de Unidade Antifascista) (Janeiro).

Criação do SNI (Secretariado Nacional de Informação) em substituição do SPN. Santos Costa, subsecretário de Estado do Exército, apresenta ao governo nazi alemão um projecto de acordo para o fornecimento de equipamento para a Fábrica Militar de Braço de Prata e de equipamentos para a produção de munições e outro material de guerra.

Salazar refere publicamente que «a pedida de Inglaterra» vão cessar as exportações de volfrâmio para a Alemanha (Junho).

O Decreto-Lei n.o 34 134 reforça o regime de censura.

Forças da GNR, PSP e PVDE capturam perto de Campo Maior cerca de 40 refugiados espanhóis e entregam-nos aos franquistas. Alguns são imediatamente fuzilados (15 de Novembro).

Centenas de nazis refugiam-se na Curia e no Buçaco.

1945

A Alemanha está derrotada. Os jornais fascistas ainda fazem esforços para mascarar a verdade da derrota nazi. Para o Diário de Notícias, Hitler, que se suicidou, morreu no seu posto de combate e esconde que Berlim foi tomada pelo Exército soviético (Maio).

O governo proclama luto nacional pela morte de Hitler (4 de Maio).

SALAZAR DISCIPULO DE HITLER

1926

Golpe militar que instaura a ditadura e inicia o processo de implantação do regime fascista (28 de Maio).

Um decreto ditatorial, com força de lei, dissolve o Congresso da República.

É imposta a censura prévia à Imprensa (Junho).

1927

É dissolvida a CGT. As sedes da CGT e do PCP são encerradas pelas autoridades.

Destruição da tipografia do jornal A Batalha.

1928

O General Carmona é «eleito» presidente da República Portuguesa (Março).

Salazar toma conta da pasta das Finanças (27 de Abril).

Reforma Orçamental e imposto de «salvação pública».

Criação da Intendência-Geral da Segurança Pública (Agosto).

Lançamento do mito do «milagre financeiro» de Salazar, com a publicação do orçamento de 1928-1929, com o «saldo positivo» de 275 mil contos. A validade dos supeávites apresentados por Salazar nos seus orçamentos foi posta em causa pelos próprios serviços estatísticos da Sociedade das Nações.

1929

Lançamento da demagógica «Campanha do Trigo» (Agosto).

Salazar acumula os Ministérios das Finanças e Colónias (Outubro).

Regulamento do imposto da taxa militar.

Lançamento do plano demagógico «das estradas» que pretendia apresentar a construção e reparação de estradas como um símbolo da eficiência do «Estado Novo».

1930

Reunião magna das Associações Patronais em Lisboa.

Discurso da «Sala do Risco», onde Salazar define os traços fundamentais do regime fascista português (Maio).

Aparece a designação de «Estado Novo», «social e corporativo».

Lançadas as bases para a criação do partido União Nacional (30 de Julho).

1931

Salazar proclama a teoria do «Estado forte» — «estabelecimento de um nacionalismo político, económico e social, bem compreendido, dominado pela soberania incontestável de um Estado forte» (Maio).

1932

Salazar ocupa o cargo de chefe do governo (5 de Julho).

São criadas as primeiras estruturas corporativas nos campos.

1933

Para a aprovação da Constituição do Estado fascista, elaborada por Salazar, realiza-se um «plebiscito» em que as abstenções contaram como votos favoráveis (Janeiro).

Nova Convenção entre Moçambique e África do Sul referente à troca entre exportação de mão-de-obra (Moçambique) e o tráfego ferroviário pelo porto de Lourenço Marques (África do Sul).

Promulgação do Estatuto do Trabalho Nacional, inspirado na Carta del Lavoro de Mussolini (23 de Setembro).

Decreto-lei da fascização dos sindicatos (n.o 23 053), que proíbe os sindicatos livres cria a organização corporativa.

Criação do SPN (Secretariado de Propaganda Nacional) que se torna o instrumento fundamental da manipulação ideológica e informativa do fascismo (25 de Setembro).

Criação da polícia política «Polícia de Vigilância e Defesa do Estado — PVDE), fundindo a Polícia de Defesa Política e Social e a Polícia Internacional Portuguesa (29 de Agosto).

Promulgação da Carta Orgânica do Império Colonial Português e da Reforma Administrativa Ultramarina (Armindo Monteiro) (Novembro).

1934

Respondendo ao apelo das organizações sindicais, desenvolve-se no país uma greve de características insurreccionais, contra as leis do governo fascista (entradas em vigor a 1 de Janeiro) para a ilegalização dos sindicatos livres. Na Marinha Grande a greve teve a adesão maciça dos trabalhadores, que tomam conta da vila. A acção insurreccional da Marinha Grande foi encabeçada por militantes comunistas —~ José Gregório, António Guerra e outros (18 de Janeiro.

Criação da Acção Escolar Vanguarda (substituída em 1936 pela Mocidade Portuguesa) (Janeiro).

Proibição de todos os partidos políticos e organizações secretas (maçonaria) (4 Abril).

É promulgada a lei que obriga os funcionários públicos a assinar a declaração anticomunista e que permite suspender ou demitir das suas funções, por simples decisão do Conselho de Ministros, os que não derem provas de aceitação dos princípios da Constituição fascista. Pela aplicação desta legislação foram demitidos milhares de funcionários públicos (21 de Maio).

Lutas estudantis. Criam-se os Grupos de Defesa Académica (GDA). Manifestações de rua. Intensa actividade da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas (FJCP).

Decreto-lei sobre os delitos da greve e lock-out (Maio).

Os presos do 18 de Janeiro são deportados para a Ilha Terceira (Fortaleza de S. João Baptista, em Angra do Heroísmo) (Setembro).

Constituição da Sociedade Central de Cervejas (que concentra e centraliza o capital das indústrias cervejeiras).

A casa Sommer absorve a C.a dos Cimentos Tejo (inicio do grupo Champalimaud).

1935

Carmona é «reeleito» (lista única) «presidente» (Fevereiro).

Expulsão de 33 professores da Universidade (Maio).

Criação da FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho) (Junho).

No desenvolvimento de uma violenta vaga repressiva é preso Bento Gonçalves, secretário-geral do PCP, e vários dirigentes e militantes do PCP e de outras organizações políticas (11 de Novembro).

O Grupo CUF adquire a casa bancária José Henriques Totta.

1936

O Decreto n.o 26 539 cria o campo de concentração do Tarrafal (23 de Abril).

Criação da Milícia Paramilitar Legião Portuguesa (Setembro).

Chegam ao Tarrafal os primeiros presos políticos (157 deportados), entre os quais Bento Gonçalve4s (29 de Outubro).

I Conferência Económica do Império Colonial Português (Novembro).

Criação do «Depósito Penal» de Forte Roçadas (Angola) destinado a receber os condenados pelos tribunais coloniais.

1937

Exposição Histórica da Ocupação Portuguesa no Mundo e I Congresso da História da Expansão Portuguesa no Mundo, visando a propaganda da mentalidade colonialista entre a população (Junho).

Lei n.o 1952 sobre o regulamento jurídico do contrato de trabalho.

Lei n.o 1957 sobre a organização agrícola corporativa (Maio).

Chega ao Tarrafal mais uma leva de 41 presos políticos (Junho).

Morrem 6 presos no Tarrafal (Agosto).

O governo autoriza a total liberdade de circulação de capitais (Outubro).

Violenta vaga repressiva contra o PCP (Novembro).

Intensifica-se o movimento de concentração bancária. Aparecimento dos Bancos Espírito Santo & Comercial de Lisboa, Borges & Irmão, Fonseca, Santos e Viana.

1938

O governo de Salazar reconhece oficialmente o governo de Franco (12 de Maio).

«Eleições» para a Assembleia Nacional, com lista única da UN (30 de Outubro).

1941

Início da reorganização do PCP.

Os pescadores da Nazaré da pesca do bacalhau negam-se ao preenchimento das matrículas nas mesmas condições do ano anterior, exigindo entre outras coisas aumentos de salários (Abril).

1942

Ferreira Soares, médico e conhecido responsável comunista é abatido a tiro por agentes da PVDE que, mais tarde, são absolvidos pelo Tribunal Militar (4 de Julho).

Vítima de maus tratos, morre no Campo de Concentração do Tarrafal Bento Gonçalves, secretário-geral do PCP (11 de Setembro)

Greve dos operários da construção naval e vários outros movimentos grevistas na zona de Lisboa (abrangendo um total de 20 mil trabalhadores) contra o congelamento dos salários (Outubro e Novembro).

Marchas da fome em várias localidades do país. Protestos contra a falta de géneros e o envio de géneros alimentares para a Alemanha nazi.

1943

No Avante! o Partido faz apelos à criação de Comités de Unidade Nacional para conduzirem as lutas populares pelo pão, pela liberdade e pela independência e pela criação de um Comité Dirigente de Unidade Nacional que represente todas as forças antifascistas e patrióticas.

O CC do PCP propõe um programa de 9 pontos para a «Constituição da unidade nacional de todas as organizações, grupos e individualidades antifascistas e patrióticas. (Março).

Intensifica-se a luta contra a saída de géneros para os países do Eixo (no que se destaca a resistência de camponeses) e pela melhoria do abastecimento de géneros para a população.

Os operários sapateiros de S. João da Madeira, lutando contra os despedimentos e ameaça do desemprego, forçaram o governo a fazer distribuições de material para a indústria de sapataria.

Os assalariados rurais levantam-se contra o despacho de 14 de Maio do governo salazarista que tornava obrigatória a diminuição de salários, para além de aumentar as horas de trabalho.

O Avante! noticia a dissolução da Internacional Comunista e publica a carta do CC do PCP dirigida ao Praesidium do Comité Executivo da Internacional (Junho).

Mais de 50 mil trabalhadores da região de Lisboa e Margem Sul participam no «maior surto grevista desde o advento do fascismo», em marchas de fome e manifestações (Julbo-Agosto).

Por todo o Norte do país organizam-se várias marchas de fome e manifestações exigindo a distribuição dos géneros alimentícios ao preço da tabela.

Dois mil operários sapateiros de S. João da Madeira lançaram-se em greve, apoiados pelos operários de Couto, Arrifana e Nogueira do Cravo, seguindo-se uma manifestação com mais de 4 mil trabalhadores da região.

O PCP realiza o seu III Congresso (I ilegal), que dá um grande impulso ao desenvolvimento de toda a luta antifascista (Novembro).

1944

É publicamente anunciada a criação do Conselho Nacional de Unidade Antifascista, mais tarde designado por MUNAF (Janeiro).

Milhares de trabalhadores, milhares de mulheres, manifestam-se por todo o país exigindo o fornecimento de pão e demais géneros.

Os trabalhadores da Amadora, da zona de Sacavém, Vila Franca, Alhandra, Lisboa, Pêro Pinheiro, Loures, Barreiro, realizam uma greve a que aderem mais de 25 mil trabalhadores, e que é acompanhada de manifestações com grande participação de camponeses (8-9 de Maio).

Desenvolvem-se intensas lutas reivindicativas operárias e camponesas.

O Avante! apela: «Das lotas parciais ao levantamento nacional. Ao ataque em todo o país!. (Outubro)

Greves (em muitos casos vitoriosas) dos operários agrícolas ribatejanos (Novembro-Dezembro).

1945

O Secretariado do CC do PCP apela para a participação dos trabalhadores nas eleições sindicais, sob a palavra de ordem:

«Colocar nos sindicatos direcções da confiança dos trabalhadores. (Janeiro).

Greve vitoriosa dos assalariados rurais de Paradela (Trás-os-Montes) por aumento de salários.

O Avante! publica uma longa lista de empresas cujos trabalhadores se recusam a colaborar na campanha de «socorro de Inverno» lançada pelo fascismo (Fevereiro).

O Avante! informa: «Em muitas dezenas de sindicatos, os trabalhadores escorraçaram as direcções de rafeiros fascistas e elegeram para as direcções homens honrados e fiéis à sua classe..

Greve às horas extra dos trabalhadores da Carris. Concentrações e manifestações de camponeses em Montemor, Ermidas e Tavira contra a falta de géneros. Em Ermidas a luta prolonga-se por vários dias, com grandes acções de massas apesar da forte repressão policial (Março).

Jornadas da Vitória: grandiosas manifestações, realizadas por todo o país, comemoram a vitória sobre o nazi-fascismo e o fim da guerra, reclamando eleições livres e a libertação dos presos políticos (7-9 de Maio).

É anunciada uma amnistia.

Alfredo Dinis (Alex), destacado dirigente operário e do PCP, é assassinado a tiro pela PVDE na estrada de Bucelas (4 de Julho).

Sob a pressão dos trabalhadores, realizam-se eleições para as direcções dos sindicatos.

Em Lisboa, Porto e outras localidades, realizam-se grandes manifestações exigindo a realização de eleições livres (5 de Outubro).

Constitui-se o Movimento o de Unidade Democrática (MUD), movimento legal da Oposição antifascista, que inicia a campanha política aberta contra a ditadura e pelo restabelecimento da democracia (8 de Outubro).

A PVDF passa a designar-se Polícia Internacional de Defesa do Estado — PIDE (22 de Outubro).

Grandes manifestações e comícios da Oposição em todo o país, de protesto contra a farsa eleitoral salazarista (Outubro-Novembro).

Formam-se em todo o país comissões do MUD. A oposição boicota a farsa eleitoral, como protesto por não serem garantidas as condições mínimas. de regularidade do acto eleitoral (18 de Novembro).

Greve dos operários agrícolas de Montemor, Lavre e Vendas Novas.

No decurso deste ano, o PCP é novamente, e de longe, a organização democrática mais perseguida pela PVDE: assassínio de vários militantes, prisão de 16 funcionários e centenas de militantes, perda de 7 casas clandestinas e da tipografia onde era impresso o Avante!, etc.

1946

Greve dos operários têxteis da Serra da Estrela (10 mil trabalhadores), ferozmente reprimida (3 de Janeiro).

Embarcaram com destino a Portugal os presos amnistiados. do Tarrafal. Ficam ainda no Tarrafal 52 presos políticos (26 de Janeiro)

Grandes manifestações em Lisboa e Porto pela liberdade (31 de janeiro).

Marcha da fome em várias localidades do país contra a falta de géneros.

Fundação do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD Juvenil) (Abril).

Manifestações no Aniversário da derrota nazi, em diversas cidades e localidades (8 de Maio).

IV Congresso (II ilegal) do PCP (Julho).

Poderosas manifestações antifascistas em Lisboa e Porto (5 de Outubro).

Uma tentativa de golpe promovida por militares liberais é dominada na Mealhada (10 de Outubro).

Funeral do artista e cientista antifascista Abel Salazar. que se transformou em grande manifestação democrática (29 de Dezembro)

1947

Confraternização festiva de milhares de jovens em Bela Mandil, organizada pelo MUD Juvenil. É dispersa pela PSP e GNR, com carros de assalto e rajadas de metralhadoras (28 de Março).

Vitória da greve de 21 dias de 20 mil operários das construções navais e outros sectores industriais de Lisboa (preparada por 8 meses de lutas). Centenas de prisões.

Vários trabalhadores são deportados para o Tarrafal.

Nova tentativa de golpe de Estado promovida por oficiais liberais (Abril).

São demitidos pelo governo 26 professores universitários conhecidos pelas suas ideias democráticas. A PIDE invade a Faculdade de Medicina, centenas de estudantes são espancados e presos (Junho).

Manifestações, concentrações, marchas da fome, etc., no Alentejo e no Algarve, contra a falta de géneros, a subida dos preços e o mercado negro.

O general Marques Godinho é preso por deter, e ameaçar usá-la, ampla documentação sobre a cumplicidade dos fascistas portugueses (destacando-se Salazar e Santos Costa) com os nazis alemães, designadamente na questão dos Açores. Transferido, contra o parecer médico, para o Forte da Trafaria, por ordem directa de Santos Costa, falecerá dias depois (24 de Dezembro).

1948

Forçado pela pressão das massas trabalhadoras, o governo fascista é obrigado de novo a permitir eleições para as direcções dos sindicatos. Em dezenas de sindicatos, vencem as listas unitárias antifascistas.

Na previsão da realização de «eleições»o (para a PR e a NA) em 1949, o governo salazarista lança uma grande campanha demagógica (Maio).

Funeral de Bento Caraça que constitui uma importante manifestação antifascista (27 de Junho).

Julgamento dos 108, em Lisboa — o primeiro grande processo político em Tribunal Plenário, depois do fim do guerra (12 de Julho).

1949

Grande campanha política da Oposição democrática por ocasião das «eleições» para o Presidente da República. A oposição une-se à volta da candidatura do general Norton de Matos (Janeiro).

A oposição democrática boicota as eleições presidenciais, como protesto contra a recusa das condições mínimas» (13 de Fevereiro).

Prisão de mais de uma dezena de dirigentes e funcionários do PCP, entre os quais Álvaro Cunhal e Militão Ribeiro (25 de Março).

O governo fascista de Salazar é admitido na NATO (4 de Abril).

Portugal adere ao Plano Marshal.

O governo salazarista negoceia com o governo dos EUA a ocupação da base das Lajes (Açores) pelas Forças Armadas americanas.

1950

Morre Miitão Ribeiro, preso na Penitenciária (2 de Janeiro).

A PIDE assassina José Moreira com tortura (23 de Janeiro).

A GNR dispara sobre assalariados rurais na praça de jorna de Alpiarça de que resulta a morte do jovem comunista Alfredo Lima e ferimentos em 15 outros camponeses (4 de Junho)

Constitui-se, numa ampla assembleia, a Comissão Nacional para a Defesa da Paz (Julho)

1951

Desenvolve-se a luta pela Paz, com recolhas de assinaturas contra a bomba atómica, apelo de Estocolmo e por um Pacto de Não Agressão entre as grandes potências.

Campanha para as «eleições presidenciais». As forças antifascistas travam uma grande campanha contra o regime em volta da candidatura do Prof. Ruy Luís Gumes, opte acabará por ser recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça fascista.

O general Craveiro Lopes candidato do regime, é eleito (22 de Julho)